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NOTURNO EM DOR MAIOR
Elmar Carvalho (1956)
na noite ca’lad(r)a
um cão ladra
sem resposta
um galo canta
sem o eco doutro galo
um vaga-
lume vaga
sem lume
vaga-
rosa/mente
demente
na noite vaga
uma ave
noctívaga
navega
na vaga
do m’ar sem movimentos
nos cataventos
sem ventos
e de mirantes
sem mira/gens
a morte espreita
nos olhos vidrados
do enforcado.
Muito, muito bom esse poema!!! Suscito, belo e … definitivo!!!
ResponderExcluirO Poeta Elmar sabe, como nenhum outro Poeta, tirar proveito das aliterações. E o jogo de palavras, dando múltiplos sentidos ao verso, torna o poema mais primoroso e atrativo na leitura
ResponderExcluirWilton Porto
Um belo poema/
ResponderExcluirDa calada noite,/
Solidão é tema/
Ruído é açoite!/
Parabéns, Dr. Elmar.
Grande Poeta Maior!
ResponderExcluirQuando se lê algo assim, nunca será exagero chamá-lo de Poeta Maior!!!!!