quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Minha admiração (um depoimento)

Elmar visto por Fernando di Castro


"[...] Aproveito o ensejo para renovar votos de estima e consideração."

       Assim costumamos finalizar o texto dos ofícios. Na maioria das vezes, apenas atendendo a uma formalidade, sem representar, de fato, a verdade. Mas, neste texto, as uso no início, tanto para retratar a expressão da verdade, como para relembrá-lo de que o fim de uma etapa é (re)início de outra.
Lembro-me da primeira vez em que ouvi falar a seu respeito. Eu era amigo de uma funcionária da Justiça Eleitoral da Comarca de Regeneração, Gilvanete Vieira. Ela comentou que o novo juiz da cidade tinha uma característica diferente de todos os juízes anteriores, este era poeta. Ela me relatou que às vezes os colegas tinham que recorrer ao dicionário para compreender o significado de suas palavras.
Fiquei curioso para conhecê-lo. Entretanto, não criei nenhuma oportunidade para encontrá-lo. A oportunidade surgiu por conta de um casamento para o qual fui convidado. Naquele dia, pelo menos dois casais estavam no cartório, o meu primo com a noiva dele e outro casal. O enlace matrimonial do meu primo seria o segundo daquela manhã, haja vista que Francisco da Cruz e Maria da Cruz seriam os primeiros.
As suas palavras foram pura poesia quando passou a fazer trocadilhos com a "cruz" presente no nome deles. Após o casamento, lhe procurei e externei a minha admiração pela sua eloquência. No ato, fui presenteado com sua obra Rosa dos Ventos Gerais e com uma espécie de cartão de visitas contendo o endereço do seu blog.
Passei a ler e a comentar suas postagens e, aos poucos, passei desenvolver meu gosto pela poesia. Posso lhe dizer sem medo de errar que me tornei uma pessoa melhor depois do meu gosto por poesia.
Sobre a sua atuação como magistrado, não sei falar muito, mas posso atestar com base nos comentários que ouvi na cidade de Regeneração e nas impressões que tive durante as audiências que presenciei que o respeito pelo ser humano e a imparcialidade foram marcas suas. Independente, da gravidade do crime do réu, o seu tom de voz se manteve o mesmo. Isso deixava transparecer que o senhor não os pré-julgava e nem os "condenava".
Quero deixar registrada a enorme admiração que tenho pelo magistrado, poeta, homem, Elmar Carvalho. Faço votos de que não lhe falte forças para enfrentar os desafios que surgirem e usufruir das suas merecidas "férias".

Mui respeitosamente,
Nelson Rios

Seu admirador.

2 comentários:

  1. Conheci as obras literárias do nobre Elmar Carvalho através do jornalista Severino Filho, resido em SP, vou a C.Maior com frequência onde reside meus pais e amigos, sou um vigilante leitor assíduo desse fantástico blog.

    sp

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  2. José Itamar:
    Horácio o poeta Elmar, está embuido dos melhores propósitos, vejamos suas idéias e achamos que todos devemos compartilhar;
    1-Preservaçao do centro histório de Campo Maior- Zona do Panetário, que infelizmente está quase toda deteriorada;
    2-Uma melhor divulgação e o implementação do turismo:
    2.1-Divulgando a SerraÁZUL'de Santo Antonio;
    2.2- A transformação Cemitério Velho localizado no Centro da Cidade em uma area de lazer com Biblioteca, Jardins, Caramachão, Avenidas, Teatro, etc.
    2.3-Uma melhor utilização do majestoso açude grande, para atrair visitants e que pudesse haver competiçoes de caniagens etc.
    Agora que o poeta e pensador está aposentado, e contamos com o campomaiorense especialista em preservação, tombamento, Olávo Pereira da Silva o nosso tão estimado 'ÍNDIANA JONES', que vem cobrando em todos os seus pronunciamentos uma attitude pol[itica em ralação ao que se propõe o Elamar.
    Um abraço
    José Itamar Abreu Costa, filho de Alto Longá e cidadão campomaiorense
    Presidente da Academia de Letras do Vale do Longá (ALVAL)

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