O ESSENCIAL FAZ A VIDA VALER A PENA
Ferrer Freitas (*)
Mário Raul de Moraes Andrade,
amplamente conhecido por Mário de
Andrade, nasceu em São Paulo, capital,
em 9 de outubro de 1893, e lá faleceu em 25 de fevereiro de 1945, há 70 anos,
portanto. Foi poeta, escritor, crítico
literário, musicólogo, folclorista, ensaísta e um dos pioneiros da poesia
moderna brasileira com a publicação, em 1922, ano da realização da “Semana de
Arte Moderna”, de seu livro “Pauliceia
Desvairada”, obra considerada um marco da literatura brasileira. Merece ser registrado que a “Semana de 22”,
como ainda é conhecido o movimento, contou
com a participação de expressivos nomes do “modernismo brasileiro”, além
de Mário, a saber: Oswald de Andrade,
que não era seu irmão, como muitos pensam,
Menotti Del Pichia, Guilherme de Almeida, Heitor Villa-Lobos, Di
Cavalcanti, Tarsila do Amaral, para
citar os mais conhecidos.
Mas, o que me fez lembrar de Mário de Andrade? Para ser preciso, sem me perder em elucubrações literárias, foi a leitura recente de texto (não sei precisar se poesia ou prosa) dele, Mário, a mim enviado pelo mano Benedito Freitas, poeta nas horas vagas, amplamente conhecido em Oeiras por “Armônio” por conta do nosso avô paterno, Benedito Amônico de Freitas, conhecido de todos pela alcunha de Burane, músico, pintor e tabelião (foi titular de cartório em Oeiras). O texto, que me apraz reproduzi-lo abaixo, expressa austeridade ímpar com o comportamento do ser humano que não atenta para o passar dos anos e permanece useiro e vezeiro em lidar com mediocridades.
Mas, o que me fez lembrar de Mário de Andrade? Para ser preciso, sem me perder em elucubrações literárias, foi a leitura recente de texto (não sei precisar se poesia ou prosa) dele, Mário, a mim enviado pelo mano Benedito Freitas, poeta nas horas vagas, amplamente conhecido em Oeiras por “Armônio” por conta do nosso avô paterno, Benedito Amônico de Freitas, conhecido de todos pela alcunha de Burane, músico, pintor e tabelião (foi titular de cartório em Oeiras). O texto, que me apraz reproduzi-lo abaixo, expressa austeridade ímpar com o comportamento do ser humano que não atenta para o passar dos anos e permanece useiro e vezeiro em lidar com mediocridades.
“Contei meus anos e
descobri que tenho menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até
agora. Tenho muito mais passado do que futuro. Então, já não tenho tempo para
lidar com mediocridades.
Não quero reuniões em que desfilam egos inflamados.
Inquieto-me com invejosos cobiçando o lugar de quem eles
admiram.
Já não tenho tempo para conversas inúteis sobre vidas alheias
que nem fazem parte da minha.
Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas
idosas, mas ainda imaturas.
Detesto pessoas que não debatem conteúdos, mas apenas
rótulos!...
Quero viver ao lado de gente que sabe rir de seus tropeços,
não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de
sua mortalidade.
Quero caminhar perto de coisas e pessoas de verdade.
Apenas o essencial faz a vida valer a pena.
E para mim, basta o essencial!”
É isso aí,
“Armônio”!
(*) Ferrer
Freitas é do Instituto Histórico de Oeiras
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