UM JURISTA E UM
MAGISTRADO DE ESCOL
Elmar Carvalho
Terminou neste
sábado, o Curso de Aperfeiçoamento “O Positivismo Jurídico e a Jurisprudência”,
ministrado pelo procurador da Fazenda Nacional junto ao Supremo Tribunal Federal
Luís Carlos Martins Alves Júnior, que se houve com invulgar competência e
conhecimento da matéria, inclusive provocando ampla e calorosa participação dos
alunos.
Entre outros,
fizeram o curso os desembargadores Sebastião Martins, presidente da AMAPI, e
Edvaldo Moura, diretor da ESMEPI, bem como os juízes Thiago Brandão, Oton
Mário, Nazildes Lobo, Fernando L. Silva Neto, José Ramos, Vidal Freitas,
Virgílio Madeira Martins, Moura Mendes, Sérgio Fortes, Jorge Veloso, Pedro
Macedo, José Airton, Marcelo Mesquita, Antônio de Oliveira e Lirton Nogueira.
Também participou do curso o magistrado Carlos Dias, que vem escrevendo um
diário, não sei se secreto, como o de Humberto de Campos, se discreto, como a
maçonaria, ou se apenas inédito, esperando o momento oportuno de ser dado à
estampa da publicidade.
Entreguei ao
mestre um exemplar de meu livro Cromos de Campo Maior, em que faço a louvação
de nosso pago natal. No encerramento do curso, como homenagem a ele, recitei o
meu poema Elegia a Campo Maior, que foi aplaudido pelos colegas magistrados.
Saudaram-no os desembargadores Edvaldo Moura e Sebastião Martins e os juízes
Oton Mário e José Airton. O professor, que tem doutorado em Direito
Constitucional, é filho de Luís Carlos, irmão maçônico e amigo, sendo ambos
naturais de Campo Maior, onde também nasci.
Nessa cidade,
foi juiz, durante décadas, o doutor Hilson Bona, meu mestre no velho Colégio
Estadual, na disciplina Organização Social e Política Brasileira (OSPB).
Ilustrava e enriquecia suas aulas contando episódios engraçados ou pitorescos
de sua vida, com o que nos atraía ainda mais a atenção. Magistrado íntegro, sem
mácula, tinha o respeito de seus jurisdicionados, podendo ser tido como um
paradigma da magistratura piauiense.
Humilde,
pedalava sua velha bicicleta preta pelas ruas da cidade. Segundo se comenta, no
tempo das campanhas políticas, pedia o seu afastamento das funções de juiz
eleitoral, quando seus parentes eram candidatos; mas os adversários pediam ao
Tribunal Regional Eleitoral para que ele fosse mantido no cargo, tão grande era
a confiança que tinham em sua imparcialidade.
Comentava ele
que muitas vezes ia visitar o velho cemitério da cidade, para afastar as
tentações da vaidade, certamente para se lembrar de que o homem é pó e que ao
pó voltará. Numa época em que nada se costuma recusar, em que o ego e a vaidade
imperam de forma abusiva, quando quiseram batizar o fórum com o seu nome
honrado, teve que insistir com muita firmeza para que não lhe fosse prestada a
homenagem, por sinal mais que merecida e justa.
30 de janeiro de 2010
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