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‘Alicerce’ oeirense dos Ferraz
Dagoberto Carvalho Jr.
Da Academia Piauiense de Letras
Recobro da longa e pouco justificável ou, inexplicável, mesmo época em que havia ‘sestas’, o tempo consequente, da memória, para resenha (será que, ainda, há tempo), do notável Alicerce, livro memorialístico do conterrâneo, oeirense (pelo histórico e telúrico sobrenome) e familiarmente, parente, Fernando Basto Ferraz.
Nascido e criado, dizia-se naquele meu tempo de muito menino e, depois, adolescente, na velha-cap piauiense, divididas a primeira e segunda infância com a cidade vizinha de Simplício Mendes – de onde meu pai foi Juiz de Direito –, e a primeira fase do curso médio no ‘Ginásio Municipal Oeirense’; já não acompanhei meu querido velho quando este foi promovido para a Comarca de Parnaíba, onde, à época terá vivido o então jovem, muito jovem autor do livro de genealogia e de lembranças que – desculpando-me – tento resenhar. Se contemporâneos, talvez nos tivéssemos conhecido ali. Depois, coisas da vida sem tempo de médico e de escritor, teluricamente preso às origens de sua terra e de sua gente, levaram-me poucas vezes a sua Parnaíba.
Não é por outra razão que pego o trem da estória ou, da história, mesmo, para alcançar o dinâmico presidente do Instituto Histórico de Oeiras, historiador de muitos méritos Júnior Vianna. E, com ele resgatar o bom livro de Fernando Ferraz que simplificando os esquemas da genealogia a que se propõe, não foge da memória fotográfica que bem documenta. E, como o autor é pródigo no resgate desses retratos que lhe enriquecem o volume de lembranças e de saudade! Memória pura e boa, como se ‘Memória’ não lhe fosse, também, o sobrenome e o motivo de acurada pesquisa genealógica complementar.
O livro aqui resenhado com atraso, mas com todo interesse familiar e telúrico é, também, rico álbum de família, pelas inúmeras fotografias que o enriquecem e suas legendas ‘cheirando’ saudade. Rica bibliografia onde apareço na boa companhia de Possidônio Queiroz, Antonio Soares Filho e Wilson Gonçalves de Carvalho, entre outros cuja companhia literária só nos pode envaidecer.
Recife, 17 de dezembro de 2020
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