Francisco Carlos
Araújo
I
Minha amiga
Imperatriz,
te vi pela
vez primeira
pelo ano sessenta e
hum,
fui assim,
que de maneira
acanhada,
apresentado,
e um tanto
desconfiado
como um “sem
eira e nem beira”.
II
Eu ainda não
completara
os meus nove
anos de idade,
e nós, ambos
bem meninos,
selamos boa
amizade
que perdura
por sessenta
anos, que
muito se alenta;
sou grato
pela bondade.
III
Sou da roça,
e tu princesa
tinhas tudo
a oferecer,
mesmo sendo
eu um plebeu
deu-me
chances pra viver
tal como uma
boa escola
e comprar
uma viola
com
poema agradecer.
IV
Nesse torrão
de Saraiva,
entre tais
rios Parnaíba
e Poti, de
Norte a Sul;
rua abaixo,
rua arriba
no seu
encalço eu estava,
ao seu lado
eu caminhava
seguro. E
quem me “derriba”?
V
Seis décadas
se passaram.
Hoje, sou
bastante grato
a essa minha
boa amiga,
pois o que
tenho, de fato,
devo a essa
jovem Senhora
que
aniversaria agora
com as
honras e aparato.
VI
No dia
dezesseis de agosto,
essa minha
fortaleza
completa
cento e sessenta
e oito anos
de tão acesa
vida, com
prosperidade
e muita
fraternidade,
e com
bastante beleza.
VII
O seu nome
de batismo
seria Teresa
Cristina,
mas o
bom pai, Conselheiro
Saraiva, de
Teresina
a chamou em
homenagem
à
Imperatriz; linhagem
de nobreza,
com a sina
VIII
de ser
grande realeza
pelas mãos
do construtor
João
Isidoro França
com um
modernizador
plano, em
traçado xadrez,
dando
estética e altivez
da esposa do
Imperador.
Nenhum comentário:
Postar um comentário