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Soneto Marinho
Clóvis Moura (1925 – 2003)
Entre o meu riso e o teu sorriso –
o mar.
Um mar ausente, imaginário, salso
que expande em translúcidos
luares
e atira estrelas nos teus olhos
fundos.
Entre nós dois um mar
incandescente
de ausências cristalina. Estelares
constelações retidas na memória
e as estrelas marinhas tatuadas.
Tatuadas em nós e no silêncio
desses faróis eternos e apagados
que apontam a praia e a crista
dos rochedos.
Esse mar invisível e enigmático
chama e convida. A quê? Sabê-lo cansa
pois teu sorriso é a dúvida que
penso.
São Paulo, 10 de outubro de 1991.
Extraído de “Duelos com o
Infinito”, SEDUC, 2005
Ótimo poema. Clóvis Moura duas coisas que me agradagradou:A poesia é o sobrenome Moura. Mas ninguém é perfeito: era comunista. :
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