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BULLING E OUTRAS MAZELAS
HODIERNAS
Elmar Carvalho
Fui convidado pelo professor
Alexandre Mota a proferir hoje, na Unidade Escolar ABC da Alegria, uma palestra
para os alunos e seus pais, a respeito de disciplina e do respeito que o
estudante deve ter para com seus mestres. Estavam presentes, entre outros, a
diretora, professora Rejane Helal, a presidente do Conselho Tutelar, Márcia
Rejane, o presidente do Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente,
senhor Raimundo Inês, o assessor jurídico da Prefeitura, Dr. Hilton Araújo.
Obviamente, falei sobre disciplina,
respeito, hierarquia, amor, etc. Mas, sobretudo, enfatizei o fato de que se o
aluno não presta atenção às aulas, ao que o professor está explicando, quem
mais se prejudica é ele próprio, uma vez que o mestre irá receber o seu
vencimento normalmente. Falei que, até para ser gari do município, vigia de uma
praça, o interessado teria que ser aprovado em concurso público, e lhes disse
que mesmo as empresas da iniciativa privada fazem os seus testes seletivos,
inclusive com relação ao uso da informática.
Chamei-lhes a atenção para o fato
de que somente através do estudo eles poderão obter uma melhor condição de
vida. Entretanto, deixei claro que a disciplina, a orientação, os conselhos e
mormente os exemplos devem partir, em primeiro lugar, do seio da família, e
desde os primeiros anos de vida, pois quando o jovem é acostumado a não ter
limites nem freios dificilmente os aceitará após os doze anos de idade.
Contudo, deixei claro que, numa
época em que, em muitos casos, a mãe e o pai trabalham fora de casa, há que
haver também a contribuição da escola na educação dos jovens. Todavia, quando o
jovem não teve essa base educacional em casa se torna muito difícil a
contribuição dos mestres, porquanto essa criança ou adolescente já está
acostumada a não ter limites, a não ter regras de convívio.
Hoje, vê-se falar em bullying e
em professores acuados e intimidados por alunos. Talvez isso seja provocado
pela falta da presença ativa dos pais na criação, orientação e disciplinamento
dos filhos. Tenho dito e repetido que se a sociedade não está boa é porque as
famílias, em geral, não estão boas, pois o que é a sociedade senão a soma de
todas as famílias?
Provavelmente, numa época de uso
avassalador de audiovisuais, internet, celulares, etc., a escola precise
repensar seus métodos e equipamentos para melhor atrair a atenção do corpo
discente. Suponho deva ser inserida na grade curricular uma disciplina que
ensine ética, cidadania e noções ecumênicas de religião, pois todas as
religiões pregam o bem, a caridade, a generosidade e a fraternidade.
Além disso, a escola e o poder
público precisam ocupar o jovem com esporte, literatura, música, artes
plásticas, dança, teatro, gincanas culturais, etc., para tirar o jovem do ócio
nocivo, que pode levar às drogas e à prática de atos infracionais. Não sendo da
área pedagógica e esportiva, pouco sei; mas sei que algo de novo precisa ser
feito. Como não poderia deixar de ser, falei no amor, em Cristo e em Deus.
(Extraído de Diário Incontínuo, 16 de junho de 2010)
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