domingo, 22 de setembro de 2024

LAGOA DO PORTINHO

Fonte: Google

 

LAGOA DO PORTINHO


Elmar Carvalho

 

As dunas de alva areia

parecem um encantamento

onde encantada sereia

viesse seu (en)canto soltar.

Na beira da lagoa

uma trigueira Iara

no espelho de água clara

fica a se pentear,

desfiando longa mágoa

de rainha e de mãe d’água.

O sol joalheiro arranca

das filigranas da água

cintilações de jóias e de

estrelas nas noitescuras

sem lua lua luar,

enquanto em canto

a brisa dedilha

na lira lírica

das palmas dos coqueirais

músicas de (a)mar e (sonh)ar.

Veleiros de velas aladas deflagradas

hibridoanfibiamente passam

em elegante navevoar.

A lagoa e as dunas de areia

têm curvas caprichosas

como a geografia das lindas mulheres fatais.

                        Meu

            sonho/nave navega

                        nave na vaga do vento

            no descaminho

                                do alumbramento

                        e da magia da

Lagoa do Portinho.

4 comentários:

  1. Poema muito belo, achei a passagem do "sol joalheiro" excepcional. Ótimo domingo.

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  2. Um lindo poema com mais pontos do que vírgulas! Interessante!!! 👏👏👏

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  3. Recorda os banhos na lagoa quando criança. As sobidas nas dunas rolando até as águas frias.

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