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LAGOA DO PORTINHO
Elmar Carvalho
As dunas de alva areia
parecem um encantamento
onde encantada sereia
viesse seu (en)canto
soltar.
Na beira da lagoa
uma trigueira Iara
no espelho de água clara
fica a se pentear,
desfiando longa mágoa
de rainha e de mãe d’água.
O sol joalheiro arranca
das filigranas da água
cintilações de jóias e de
estrelas nas noitescuras
sem lua lua luar,
enquanto em canto
a brisa dedilha
na lira lírica
das palmas dos coqueirais
músicas de (a)mar e
(sonh)ar.
Veleiros de velas aladas
deflagradas
hibridoanfibiamente passam
em elegante navevoar.
A lagoa e as dunas de areia
têm curvas caprichosas
como a geografia das lindas
mulheres fatais.
Meu
sonho/nave navega
nave na vaga do vento
no descaminho
do alumbramento
e da magia da
Lagoa do Portinho.
Poema muito belo, achei a passagem do "sol joalheiro" excepcional. Ótimo domingo.
ResponderExcluirMuito obrigado!
ResponderExcluirUm lindo poema com mais pontos do que vírgulas! Interessante!!! 👏👏👏
ResponderExcluirRecorda os banhos na lagoa quando criança. As sobidas nas dunas rolando até as águas frias.
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