quinta-feira, 3 de junho de 2010

POEMITOS DA PARNAÍBA

Texto: Elmar Carvalho
Charge: Gervásio Castro


Trazia a lembrança viva
de um passado morto e sepulto
dos Bailes Azuis e do
burburinho dos porcos d’água
e das meretrizes do cais.
Reinava na boite Rio-Chic
e desfilava pelo grande salão
cheio de espelhos e de sonhos
e de risadas esparsas
como num reino encantado.
A imagem de Jibóia morta
reproduzia-se pelos quatro
cantos do salão através das
pupilas perplexas dos espelhos.
(As velas do velório
lágrimas de cera choravam,
enquanto as mulheres, entre soluços,
rezavam contritas.)

Um comentário:

  1. Era uma lembrança de seus volumes adorados, pelos seus discípulos de lumes agora apagados. Fazia o bem pelo amor ao vintém, se é que o entendi bem. Abraços caro poeta e apareça-me!

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