José
Maria Vasconcelos
Cronista,
josemaria001@hotmail.com
Carlos Krisnamurt tem apenas 16 e já se interessa pela
leitura dos evangelhos. Saído, há pouco, de um Encontro de Jovens
com Cristo, leu a crônica JESUS CRISTO FORA DA BÍBLIA. Carlos
solicita esclarecimentos sobre a autenticidade dos quatro evangelhos,
"para eu poder trocar ideias com meus colegas." Outros
leitores manifestaram-se, curiosos ou encantados: Prof. Cincinato
Siqueira: "Sua pesquisa ajuda a crer no Jesus histórico";
escritor Chico Castro: "Estou em Brasília, belo texto, pena que
acaba abruptamente"; médico Gisleno Feitosa: "Belo texto
com belo desfecho"; Prof. Antônio Carlos: " O evento Jesus
Cristo não encontra testemunho somente nos evangelhos, mas em
escritores históricos"; Paulo Roberto Barreto: "Fiquei
embevecido com a leitura desses escritos históricos"; Lisete
Napoleão: "Belo texto que nos incita a curiosidade de mais
leitura"; Francisco de Assis Meneses: "Podemos ver Jesus
com menos olhos cegos da fé e mais sadios da razão".
Perguntinha curiosa não só embevece o estudante
Carlos, mas quem se inicia na fé em Jesus Cristo. Pinta logo a
curiosidade: "Os evangelhos merecem crédito? Seriam invenções
ou acréscimos de membros eclesiásticos?" Os mais interessados
em descobrir, cientificamente, a autenticidade dos evangelhos foram
ateus racionalistas da Revolução Francesa. Inimigos da Igreja
Católica, como Voltaire, Rousseau, Renan, dedicaram décadas de
pesquisas. Surpreenderam-se e , "dando mão à palmatória."
Graças às pesquisas, descobriram-se preciosas relíquias de
primitivos manuscritos, em pergaminhos e papiros, dos quatro
evangelhos. Não os originais, mas cópias, ainda dos primeiros
séculos do cristianismo, hoje em museus de Filadélfia(USA),
Florença(Itália), Viena(Áustria), Paris, Londres, Estrasburgo,
Roma, Cambridge, Vaticano, Moscou, Leningrado. Em 1949, foram
descobertos fartos manuscritos nas grutas de Qumran, próximas do Mar
Morto, de antes e pouco depois de Cristo. Vi-os no Museu de Israel.
Alguns textos reproduzem passagens da Bíblia. Impressionou-me a
perfeição das letras, tão miúdas, em pergaminhos finos e lisos
que lembram uma página de jornal.
Conhecem-se cerca de 5.336 manuscritos(cópias) do
texto original grego do Novo Testamento. O mais valioso, uma cópia
do evangelho de João, do ano 120. O apóstolo escrevera o original,
aproximadamente no ano 100.
Damos crédito a obras de famosos escritores da
Antiguidade, cujos manuscritos(cópias) só foram descobertos muitos
séculos depois. Por que duvidar dos textos bíblicos?
Manuscritos(cópias) de Júlio César só foram encontrados 900 anos
depois; Virgílio, 350 anos; Platão, 1.300 anos; Tito Lívio, 500
anos após.
Portanto, Carlos, creio que, se depender desta
crônica, você vai deitar e rolar, quando trocar ideias com seus
colegas. Saiba, porém, Deus é uma experiência pessoal, não uma
discussão, que, quase sempre, em vez de construir,enerva. E não
convence.
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