Rio Parnaíba
Hélio Soares Pereira
Já dez anos...
E tuas águas
transbordando meus olhos
Contemplo
de meus penhascos
e mangueirais
pequenas casas
- taipas de recordações
afogadas nas cheias
Jorra-me
tua lembrança
outra vez
- imagens
de febril espera
Aves rasantes
nos meus sonhos
retornam
E meu ser
perplexo
caminha sobre a fria areia
Olhos ouvidos
linguagem viva
em todos estes anos de ausência
Rio encantado
em meu quintal
num mar de sol
sobre casebres
assombrados
do meu jirau
O rio e a fonte
nesse rodopio
se misturam
beijando o céu
a terra
o mar
Filho da lua
em noites de prata
me ensinando
a pescar
Belo poema Helio, sensível, mostrando um Rio caudaloso, conservado, sem assoreamrto. Este RiomParnaíba não existe mais, só nos resta agora torcer para que as iniciativas do dr carlos Augusto Pires Brandão, sejam realmente efetivads e o nosso velho monge volte a viver.
ResponderExcluirUm abraço José Itamar(Academia de Medicina do Piauí, Alval, Falresc e Allche)