Cartão de pêsames
Elmar Carvalho
Datado de novembro, recebi um amável cartão de pêsames do
magistrado federal Geraldo Magela e Silva Meneses, um velho amigo. Nos tempos
idos, quando não havia internet e nem as chamadas “redes sociais”, era comum
recebermos cartas, cartões, telegramas e encomendas de “reembolso postal”
pelos Correios. Até mesmo dinheiro em espécie e vale postais faziam parte dos
serviços prestados pela ECT. Não havia, como hoje, as facilidades de se
movimentar contas e se fazer transferências bancárias através de um computador
ou mesmo de um aparelho celular, que tem as mais diversas funções, inclusive a
de ser um telefone.
O Dr. Geraldo Magela, ou Silva Meneses, para quem prefere usar
os seus sobrenomes ou apelidos de família, é um leitor inveterado, amante dos
livros e de uma boa leitura, podendo mesmo ser considerado um bibliófilo.
Incentivador da Fundação Carnaúba, contribui para os eventos culturais
promovidos por essa entidade e para o fortalecimento de sua biblioteca.
Achei por bem publicar o seu cartão pela sua primorosa,
conquanto sintética redação, e pelas duas lapidares epígrafes bíblicas que o
ornam, e que bem deveriam servir de advertência a todos nós e especialmente à
maioria dos políticos dos tristes dias de hoje: “Todos nós compareceremos ao
tribunal de Deus” (Rom, 14,10) e “A obra de cada um será posta em evidência” (1
Cor 3,13). Essas duas citações nos deveriam acompanhar, repito, como um
estribilho constante, para que no final de nossa vida terrena não venhamos a
nos deparar com esta outra frase, vista em sonho pelo iníquo rei babilônico: “Pesado
foste na balança e achado em falta” (Daniel 5:27).
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