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Capitão Roberto Ramos da Silva,
Roberto da Cachoeira
Reginaldo Miranda *
A conquista do Piauí data do
terceiro quartel do século XVII, cento e cinquenta anos depois dos Grandes
Descobrimentos, quando já estava relativamente explorada a faixa litorânea norte-sul.
Foi no verão de 1661, que os paulistas capitaneados por Domingos Jorge Velho e
Francisco Dias de Siqueira adentraram esse território fundando arraial e
vivendo da captura de índios que vendiam como escravos para a lavoura
açucareira do referido litoral. Dez anos depois os irmãos lusitanos Domingos
Afonso Sertão e Julião Afonso Serra, penetram pelas bacias dos rios Piauí e
Canindé fundando fazendas de gado bovino, no que são seguidos pelos também
irmãos Francisco Dias d’Ávila e Bernardo Pereira Gago, seus sócios, que
devassam a bacia do Gurgueia. Estava, assim, iniciada a colonização do Piauí
cujos currais aumentam vertiginosamente à medida que chegam outros
colonizadores que aqui iam se estabelecendo.
Essas fazendas eram estabelecidas
nas sesmarias excessivamente concedidas àqueles primeiros conquistadores, que,
posteriormente, eram arrendadas por dez mil reis anuais aos posseiros que, de
fato, as desbravavam e as colonizavam com gente e gado. Foi assim ocupado o
território piauiense e outras vastas áreas dos sertões de dentro. É desse tempo
que datam as famílias pioneiras da colonização.
No entanto, embora a
historiografia nacional não tenha se interessado em indagar sobre a
possibilidade de terem ficado em nosso meio representantes da família Afonso,
descendentes ou colaterais daqueles primeiros conquistadores, gostaríamos de
discutir o assunto nessas notas que seguem. Esta família é natural da freguesia
de São Domingos da Fanga da Fé, pertencente ao concelho de Mafra, depois
passando ao de Torres Vedras, mais tarde retornando ao de Mafra, ambos no
arcebispado de Lisboa. Foi patriarca dessa geração o casal Julião Afonso, o
velho, e Jerônima Francisca, ambos falecidos na mesma freguesia, onde
cultivavam uma vinha na ribeira do Barril. Dois de seus filhos foram pioneiros
na conquista do Piauí, os referidos Domingos Afonso e Julião Afonso, o moço,
que, aqui, em face das mesmas conquistas receberam os epítetos de Sertão e
Serra, respectivamente. Ambos conquistaram imenso patrimônio, constituído por
muitas sesmarias que lhes foram concedidas como recompensa pela conquista.
Parece que em Mafra, na companhia dos genitores, ficaria um terceiro filho, de
nome Jorge Afonso, ou João Jorge Afonso, o que se depreende pelo nome de seus
descendentes, que, mais tarde viriam para o Piauí.
No que se refere ao sertanista
Domingos Afonso Sertão, este faleceu solteiro deixando seu imenso latifúndio
aos Regulares da Companhia de Jesus. Porém, deixou três filhos havidos com
índias: André Afonso Sertão, Vidal Afonso Sertão e uma moça casada com João
Coelho de São Pedro. Depois destes descendentes muito lutarem para reaverem o
patrimônio de seu pai, apoiados pela justiça da terra, foram derrotados nos
tribunais superiores, acabando por se fixarem com fazendas no médio curso e cabeceiras
do rio Piauí, onde deixaram numerosa descendência, alguns deles entrelaçando-se
às famílias Paes Landim, Dias e Miranda, entre outras.
No entanto, Julião Afonso, o
moço, aqui chamado Julião Afonso Serra, trouxe um sobrinho e, possivelmente,
afilhado a quem institui como seu herdeiro universal, herdando este todo o seu
patrimônio. Era Domingos Jorge Afonso, também natural de Mafra, que muito lutou
pela manutenção de suas propriedades, delas usufruindo, vendendo algumas e
perdendo outras. Fora casado com dona Antônia Florência de Jesus, que lhe
sucedeu na administração dos bens remanescentes, juntamente com o filho João
Jorge Afonso. Essa gente vivia entre a Bahia e o Piauí.
Comprovadamente, fixou-se no
Piauí outro sobrinho daqueles conquistadores, Ignácio Gomes Afonso, irmão do
referido Domingos Jorge Afonso, mas que não herdou bens do indicado tio, Julião
Afonso. Veio a chamado do irmão mais velho, que lhe doou a fazenda Poções,
situada no riacho de mesmo nome, afluente do rio Piauí, com quatro léguas de
comprimento e meia de largura, cujo título de posse faz expressa referência ao
parentesco. Fora este casado com dona Domingas Rodrigues Flores, que lhe
sobreviveu, permanecendo nesta fazenda, onde também faleceu. Em 1765, ali
residia com os filhos Diogo, Miguel, Manoel, Helena, Eugênia, Joana, Victória e
a sobrinha Theodózia, além de cinco escravos, duas escravas e dois forros.
Outros filhos casados, e que não esclarece o documento, já residiam em outras
fazendas.
Aliás, nesse mesmo período também
residia na fazenda Brejo, situada nas cabeceiras do riacho dos Pilões, afluente
do Canindé, com uma légua em quadra, por ele povoada, o fazendeiro João Jorge
Afonso. Nela residia com a esposa Maria da Silva de Jesus, além de um escravo e
uma escrava. Pensamos que este não é o filho do capitão Domingos Jorge Afonso,
mas um primo homônimo. Seria filho primogênito do mencionado Ignácio Gomes
Afonso e de sua esposa Domingas Rodrigues das Flores. Foi filho daquele casal o
capitão Roberto Ramos da Silva, fundador da fazenda Cachoeira do Roberto, no
atual Município de Afrânio, em Pernambuco, onde deixou numerosa descendência.
Como indício do parentesco, esse último fazendeiro assina o termo de seu
casamento com o nome de Roberto Ramos das Flores, possivelmente em homenagem à
avó paterna. Portanto, a família Afonso deixou descendência no Piauí (AHU. ACL.
CU. 018. Cx. 8. D. 513).
Roberto Ramos nasceu cerca de
1767, na referida fazenda Brejo, filho de João Jorge Afonso e Maria da Silva de
Jesus, que também aparece Maria da Silva da Conceição. Foi batizado em 26 de
setembro de 1770, pelo padre João Espanha, na igreja matriz de Nossa Senhora da
Vitória, na cidade de Oeiras, então capital do Piauí, em cujo termo se situava
a mencionada fazenda.
Interessante é que pouco antes,
em 3 de março de 1769, na mesma igreja matriz, foi batizado o menino Mathias,
filho de Antônio Jorge Afonso e de Ana Maria da Silva. Evidentemente, trata-se
de um primo daquele. Par nós, este último João Jorge Afonso seria irmão de
Antônio Jorge Afonso, ambos filhos de Ignácio Gomes Afonso e Domingas Rodrigues
Flores.
Foi na fazenda paterna que viveu
a infância, juventude e maturidade, estudando com os genitores e depois com
padres na cidade de Oeiras. Perdendo o pai ainda na juventude, desde cedo Roberto
Ramos teve de assumir a administração da fazenda e as responsabilidades com a
mãe e uma irmã mais moça.
Conforme consta nos arquivos
eclesiásticos da velha matriz de Nossa Senhora da Vitória da cidade de Oeiras,
Roberto Ramos das Flores, assim está escrito, filho de João Jorge Afonso, já
defunto, e de Maria da Silva, convolou núpcias em 11 de janeiro de 1787, com
Delfina Rodrigues Seabra, filha do cabo-de-esquadra João Rodrigues Seabra,
ex-diretor do aldeamento indígena de São João de Sende(entre 10 de outubro e 16
de novembro de 1780), e de Antônia Baptista, ambos já defuntos, sendo os
nubentes naturais e residentes na mencionada freguesia. Era a nubente irmã de
José Joaquim Rodrigues Seabra, que fora nomeado Tabelião Público de Oeiras, em
18 de fevereiro dem1809 (Liv. de Cas. N.º 1, fl. 181; Arquivo Público do Piauí.
Códice. 151. P. 92, 111/111v, 114/114v e
115; Códice. 159. P. 89v).
Essa informação de que na data de
seu casamento, o genitor já estava falecido, desmente uma nota fantasiosa
publicada em abril de 1998, por um jornalista de Petrolina, José Teles, no
jornal O Caboclo, de que Roberto Ramos mudara para Pernambuco para proteger a
mãe infiel da ira do esposo traído. É esta uma versão infundada, sem base
documental, refutada pela documentação eclesiástica de Oeiras. Aliás, as
informações ali contidas são recheadas de equívocos, baseadas em lendas
deixadas por um homem de ação que marcou época no sertão onde viveu. Também,
confunde o nome dos genitores. Sua mãe, velha matriarca da têmpera nordestina
viveu uma viuvez honrada até seus últimos dias de vida, permanecendo sempre em
companhia desse distinto filho, a cuidar dos netos que nasciam a cada ano em
número de dezessete.
Ao mesmo tempo em que via a
família aumentar, Roberto Ramos prosperava no criatório de gado, aumentando o
rebanho e instalando novas fazendas. Também, ingressando na carreira militar,
alcançou o posto de capitão de ordenanças da guarnição de Oeiras.
Nos livros de registros
eclesiásticos de Oeiras, existem registros de batizados de diversos de seus
filhos, entre esses: Francisco, batizado em 2 de janeiro de 1790, recebendo por
padrinhos Thomé do Rego Monteiro e sua
mãe Florência do Rego Monteiro; Mamédio, batizado em 28 de maio de 1792, pelo
padre Aniceto Ribeiro, recebendo por padrinhos José Teobaldo Coelho e Aldonça
Micaela; Pedro, batizado em 6 de setembro de 1796; Cipriano, batizado em 4 de
julho de 1798, recebendo por padrinho João Ribeiro Antunes e Maria da Silva.
Em 1806, o capitão Roberto Ramos
da Silva adquiriu por compra a Estêvão Coelho Rodrigues, ao que se diz, a data
de sesmaria Cachoeira, ainda inculta, pelo preço de cinco contos de reis.
Então, ali fundou promissora fazenda, ampliando-a com a aquisição de novas
terras e aumento do rebanho, tornando-se, assim, um dos grandes latifundiários
e criadores da região fronteiriça entre o Piauí, Pernambuco e Bahia. Porém, com
seu rebanho já em número avantajado passou a enfrentar dificuldades com a
escassez de água e pastagens em face das constantes estiagens que ainda hoje
afligem aquela região do semiárido nordestino. Consta que era católico
fervoroso e, segundo a documentação histórica, em pagamento de promessa pela
mantença de seu rebanho, em 1817 construiu em frente à sua residência uma
capela sob a invocação de Nossa Senhora das Dores, santa de sua devoção.
Também, deu início à tradicional festa do Divino Espírito Santo. Para o primeiro empreendimento contou com o
concurso de Fr. Ângelo Maurício de Niza, missionário capuchinho italiano, que
desde 1803 catequizava em missões pelo alto sertão, terminando os seus dias em
1824, no aldeamento da Baixa Verde, hoje cidade de Triunfo, em Pernambuco,
conforme anotou o festejado historiador F. A. Pereira da Costa em seus Anais
Pernambucanos (vol. 5, p. 568/569). Desde então, o padre em desobriga passou a
celebrar a missa e desenvolver as atividades católicas no novo templo que,
inclusive, serviu de sede paroquial entre os anos de 1867 e 1870. E o lugar
ficou conhecido por “Cachoeira do Roberto”, em homenagem ao seu proprietário e
fundador.
Depois de seu óbito, o capitão
Roberto Ramos da Silva foi sucedido na administração e conservação do templo,
bem como na organização da festa do Divino, por sua filha Ana Maria, que,
juntamente com o esposo, José Santana, tomaram para si essa responsabilidade,
tornando-se benfeitores do lugar. A esposa Delfina Rodrigues Seabra, mulher de
fibra, longeva, grande matriarca do sertão, ao lado de Fr. Henrique, capuchinho
italiano, construiu o cemitério de Cachoeira do Roberto, sendo, porém, sepultada
no altar-mor da referida capela de Nossa Senhora das Dores, por volta de 1873,
quando faleceu com 105 anos de idade. Sobre ela, em 1868, publicou interessante
nota o Jornal do Recife, depois transcrita no jornal Correio Paulistano, o que
demonstra a curiosidade que despertava o seu estilo de vida e a numerosa
descendência. Suspeitamos que essa matéria seja de autoria do citado Pereira da
Costa:
“Prole numerosa – Da comarca da
Boa-Vista(Pernambuco) escreveram ao Jornal do Recife:
‘Delfina Rodrigues Seabra, viúva,
maior de cem anos, moradora na fazenda de criar, Cachoeira do Roberto,
freguezia do Senhor Bom Jesus da Igreja Nova, termo e comarca da Boa-Vista,
teve de seu consórcio com Roberto Ramos da Silva, 17 filhos e destes conta mais
de cem netos, mais de trezentos bisnetos e para mais de cem terceiros netos,
alguns dos quais já têm filhos.
‘Com essa senhora, compõe-se a
sua família de cerca de seiscentas pessoas.
‘Delfina ainda vai à igreja, onde
assiste ajoelhada ao santo sacrifício da missa, não podendo, porém, fazer o
trajecto por seus próprios pés, vae carregada em uma cadeira; sendo que tem o
goso de suas faculdades intelectuais, dando disso provas repetidas.
‘A Cachoeira, lugar de sua
residência, é conhecida pelo primeiro nome de seu finado marido.
‘A maior parte da descendência
dessa senhora reside nos termos das províncias da Bahia e Piauhy, que confina
com esta comarca” (Correio Paulistano, São Paulo, Quinta-feira, 24.12.1868,
edição n.º 3764, pág. 2).
Roberto da Cachoeira, como ficou conhecido,
fez-se grande latifundiário construindo invejável patrimônio que,
posteriormente, foi dividido entre seus 17 filhos.
A povoação que originou da
fazenda, possuía localização privilegiada, situando-se entre os rios Pontal e
S. Francisco, à margem da antiga estrada real, onde demandavam os viandantes,
vaqueiros, tropeiros e boiadas no percurso entre os sertões do Piauí,
Pernambuco e Bahia. Por essa razão, “era muito frequentada pelos viandantes,
que estacionavam na localidade, pelos recursos que proporcionava, vindo daí o
seu desenvolvimento e sua importância”, anotou o citado F. A. Pereira da Costa,
primeiro escritor a narrar a fundação e desenvolvimento do lugar. Acrescenta o
mesmo autor: “Muito habitada, de vida própria e animada pelo seu movimento
comercial, com uma boa feira semanal, de um clima ameno e agradável, e proporcionando excelente e abundante água
potável, com a sua capelinha curada e um cemitério em conveniente situação, já
teve a povoação o predicamento de paróquia com a remoção da sede da do Senhor
Bom Jesus da Igreja Nova, ou Boa Vista, em virtude da Lei Provincial n.º 758 de
5 de julho de 1867 e servindo de igreja matriz a sua capela de N. S. das Dores;
e depois, da de Santa Maria Rainha dos Anjos de Petrolina, até que foi transferida
para a sua própria sede pela Lei Provincial n.º 921 de 18 de maio de 1870” (op.
cit).
Em face dessa vantajosa posição,
em 1854 a sede de fazenda já se tornara um povoado próspero e prometedor,
progredindo ao ponto de, em 1868, contar com cerca de 80 casas, informa F. A.
Pereira da Costa (Anais Pernambucanos. vol. 5, p. 568/569). Pertencia
originalmente ao Distrito de Santa Maria da Boa Vista, depois cidade e
município de mesmo nome. Todavia, pela Lei Provincial n.º 530, de 7 de junho de
1862, que criou o município de Petrolina, passou a este, retornando para o
município original pela Lei n.º 601, de 13 de maio de 1864, que extinguiu este
último. Por fim, já como sede distrital retornou a Petrolina pela Lei
Provincial n.º 921, de 18 de maio de 1870, que restabeleceu sua autonomia
administrativa. No entanto, conforme se disse, em face de seu desenvolvimento
foi elevado a sede distrital e paroquial pela Lei Provincial n.º 758, de 5 de
julho de 1867, permanecendo integrando o Município de Petrolina e, como tal,
permaneceu por largos anos.
Todavia, o progresso da povoação
estacionaria a partir de 1926, como efeito da construção da inconclusa Estrada
de Ferro Petrolina/Teresina que, ao invés de passar pela tradicional vila de
Cachoeira do Roberto, em novo traçado passou pela vizinha fazenda “Inveja”,
sucessivamente de Francisco Rodrigues da Silva e Sebastião Rodrigues Coelho
(1844 – 17.08.1904). Então, esse novo lugar que, a partir de 1928 recebeu o
nome de São João de Afrânio, em homenagem ao Engenheiro Afrânio de Melo Franco,
um dos responsáveis pela obra, prosperou em prejuízo de Cachoeira do Roberto.
Por fim, essa decadência econômica se completaria com a edição do decreto-lei
estadual n.º 235, de 9 de dezembro de 1938, que extingue o distrito de Cachoeira
do Roberto, sendo seu território repartido entre os distritos de Afrânio
(ex-São João de Afrânio), Rajada e Poço da Anta.
E permanece a povoação de
Cachoeira do Roberto nessa situação decadente até a criação do novo município
de Afrânio, pela lei estadual n.º 4.983, de 20 de dezembro de 1963, com
instalação oficial em 31 de maio do ano seguinte. Então, nesse interregno, pela
lei municipal nº 28 de 23 de dezembro de 1963, é restabelecido o distrito de
Cachoeira do Roberto, não sendo, porém, instalado, o que só ocorre depois de
ser recriado pela Lei Municipal n.º 13-A, de 20 de outubro de 1967, agora com
novos limites territoriais e pertencente ao novo município, em cuja situação
permanece até à atualidade. Aos poucos a povoação retoma os caminhos do progresso.
Atualmente possui 90 domicílios e 300 habitantes (IBGE – Censo, 2011) e possui
um cartório de registro civil das pessoas naturais.
Segundo informações que temos, a festa do
Divino Espírito Santo é muito tradicional em Cachoeira do Roberto, reunindo grande
número de fiéis no novenário que encerra-se no dia de “Pentencostes”, com
festas e quermesses.
Com essas notas resgatamos a
memória de mais um dos fazendeiros fundadores da sociedade rural sertaneja. Um
piauiense do vale do rio Canindé, que depois mudou-se para a região fronteiriça
pernambucana, onde deixou história de trabalho e numerosa descendência.
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* REGINALDO MIRANDA, autor de
diversos livros e artigos, é membro efetivo da Academia Piauiense de Letras, do
Instituto Histórico e Geográfico do Piauí e do Tribunal de Ética e Disciplina
da OAB-PI. Atual presidente da Associação de Advogados Previdenciaristas do
Piauí Contato: reginaldomiranda2005@ig.com.br
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