Fonte (*)
Antonio Reis de Jesus Nollêto
Na manhã o rio desceu ao mar!
Livre, qual brisa, descia contente.
Sem os ais, sem soluços, sem falar.
Se faz altivo e faz outra nascente.
Das carnaubeiras ouvem-se as palmas.
Do bem-te-vi tantas declarações,
As ribeiras abraças fossem almas,
Nas pedras desces fazendo canções...
À noite, quando o céu se enche de estrelas,
Tu és um lampadário, fonte de velas!
A emoção se faz em prantos ao vê-las.
Tu foste, eu sei! Deixaste tuas águas.
Deixaste a calma, um mar sem as procelas!
Ao frio que corta, deixaste as fráguas.
(*)
Este belo soneto do magistrado Nollêto foi enviado por e-mail, com a
seguinte mensagem: Meu Caro Elmar. Li o Retrato de Minha Mãe, e
resolvi escrever um pouco. Abraços.
Nollêto
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