domingo, 18 de outubro de 2015

TÉDIO


TÉDIO

Elmar Carvalho

Só o tédio absoluto,
o vazio total,
a negação completa,
eu sinto sempre.
Sempre a falta de algo.
Sempre o algo inalcançável.
sempre a louca
procura
do tesouro perdido,
da pedra filosofal inexistente.
Sempre a eterna
falta de inspiração
para a eterna poesia
nunca feita.
Sempre a mesma
falta de amor.
Sempre o mesmo amor
velho e tedioso.
Sempre o
mesmo tédio cansado.
Sempre, sempre, sempre
o mesmo sempre de desilusão.

           Pba. 08.09.77   

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