ZPE – ZONA PROCESSAMENTO EXPORTAÇÃO
Lauro Correia
Engenheiro Industrial – UFMG
Prefeito Parnaíba – 1963/1966
Não
escreverei hoje sobre duas cidades irmãs: Parnaíba no estado do Piauí e Santana
de Parnaíba no estado de São Paulo.
O meu
escrito é dirigido à nossa Parnaíba – Princesa do Igaraçu – recentemente
homenageada com um novo epíteto – Pérola do Litoral Brasileiro.
O Município
da Parnaíba, como os demais municípios brasileiros compreende duas partes: zona
urbana e zona rural.
A zona
urbana, por sua vez, é distribuída pelo centro urbano e os bairros.
A Lei
Municipal de divisão da cidade em bairros consignou em seu texto que fossem
observados alguns dispositivos tais como: observação de linhas divisórias
constituídas por grandes avenidas; respeito às leis que criaram alguns de seus
bairros; sempre que possível, os bairros deveriam ter áreas equivalentes; respeito
às áreas dos bairros que surgiram com a cidade, tais como: Tucuns, hoje São
José, Coroa, hoje, bairro do Carmo; um Bairro padrão, se assim possa ser
chamado, tem 60 (sessenta) quarteirões; o bairro tomado como modelo, seria o
Nova Parnaíba.
Quatro grandes
Avenidas, sendo elas Avenida São Sebastião complementada pela Avenida Capitão
Claro, e a Avenida Chagas Rodrigues, complementada pela Avenida das
Normalistas, dividem a cidade em quatro quadrantes, os quais podem ser
denominados pelas posições topográficas que ocupam como: Noroeste, Nordeste,
Sudeste e Sudoeste.
Além dessas
4 partes da área urbana, existente àquela época, década de 1960 (1963/1966), a
divisória constituída pelas Avenidas Chagas Rodrigues e Normalistas, dividia e
continua dividindo a cidade em duas outras cidades: Parnaíba – Oeste e Parnaíba
– Leste.
Nesta linha
de raciocínio, a cidade, na nossa mente é dividida em duas cidades, e o
cruzamento das duas mencionadas Avenidas era o centro geométrico da cidade.
De 1960 para
cá, decorreram 55 anos, a cidade cresceu em novas ruas e bairros, e o centro
geométrico da cidade deslocou-se para o cruzamento da Avenida São Sebastião com
a Avenida Pinheiro Machado, na conhecida rotatória do mirante.
Muitas
famílias parnaibanas, inclusive a minha, moramos na parte oeste da cidade, na
Parnaíba – Oeste.
Outras
famílias parnaibanas moram na Parnaíba – Leste.
Em resumo,
os parnaibanos moram na Invicta Parnaíba, epíteto este consquistado pela Amada
Cidade quando os parnaibanos, todos estiveram unidos em 1943 na memorável
Campanha Cívica pela manutenção do nome da cidade, pois decreto-lei federal
estabeleceu que a nossa Parnaíba passava a ser denominado POTI, ficando a
cidade Parnaíba, em São Paulo, com sua denominação conservada.
Nós
parnaibanos sentimo-nos felizes em assim sermos reconhecidos, e não como
potienses, denominação feia e quase pornográfica.
A população
de nossa cidade, como das demais, às vezes se divide em cristãos e não
cristãos, em torcedores do Flamengo ou do Fluminense, em favoráveis ao Governo
ou à Oposição.
Mas, existem
situações como na época em que vivemos, durante a qual, a nossa Parnaíba deseja
a união de todos os parnaibanos, sem distinção de religião, partidos políticos
ou time de futebol, que estejam todos os seus filhos unidos em uma Campanha
Cívica em defesa do Porto Marítimo de Luiz Correia e da ZPE – Zona de
Processamento de Exportação.
O Porto de
Luiz Correia, cujas obras foram iniciadas em 1953, e sofreram paralizações, é e
sempre foi para todos os piauienses um Porto de importação e exportação de
cargas em geral.
Atualmente
é:Porto da ZPE – Zona de Processamento de Exportação (em instalação).
Porto do Distrito de Irrigação Tabuleiros Litorâneos (hoje
contando com a instalação da MAIOR FIRMA EXPORTADORA DE MELANCIAS e MELÕES DO
BRASI).
Porto do Distrito de Irrigação(DISTRITO de IRRIGAÇÃO
TABULEIROS de SÃO BERNARDO, projetado para 10.000 hectares).
Porto daSOJA
produzida no Sudoeste do Piauí e Sudeste do Maranhão, e futuramentetransportada
pela HIDROVIA Rio Parnaíba, atualmente transportada, com ônus, em carretas. Nos
Estados Unidos, 80% da soja é transportada pelo Rio Mississipi e seus
afluentes.
O Governador
e Senador Maranhense–José Sarney foi vinculado à nossa cidade através de
Sebastião Furtado, residente à Rua Pedro II, e conquistou várias amizades em
Parnaíba, entre as quais a minha, pois destinou à nossa Parnaíba duas obras
fundamentais ao seu desenvolvimento econômico, a saber: Distrito de Irrigação
Tabuleiros Litorâneos e Zona de Processamento de Exportação.
Ocorre,
parnaibanos, que a ZPE – Zona de Processamento de Exportação, para seu pleno e
consolidado funcionamento, precisa de um Porto Marítimo para exportação de seus
produtos, a começar por uma Fábrica de Cera de Carnaúba, em fase de instalação
na ZPE.
Os quatro
investidores que apresentaram projetos para se estabelecerem na ZPE tiveram os
mencionados projetos aprovados em Brasília, através do Órgão Federal
competente. Seis outros projetos estão sedo analisados em Brasília-D.F.
Levo ao
conhecimento dos leitores que no Uruguai, país vizinho ao Rio Grande do Sul,
tendo área territorial equivalente, possui 22 (vinte e duas) ZPE’s em pleno
funcionamento.
Os Estados
Unidos, potência mundial na agricultura e na indústria, possui mais de 100
(cem) ZPE’s em funcionamento. Na China, potência mundial que se agiganta como
os Estados Unidos, as ZPE’s são 150.
No Brasil,
em procedimentos de instalações, estão 17 ZPE’s.
Essas
citações são apresentadas para confirmar que o Piauí e a Parnaíba estão no
caminho certo, pois a ZPE do Piauí, localizada em Parnaíba, será um fator
importante no desenvolvimento do Piauí e da Parnaíba.
Parnaibanos,
a Parnaíba, em se tratando de seu progresso industrial, econômico e social,
conclama todos os seus filhos para unidos e independentes de ideologia política
ou partidária, ao apoio e participação nessa Campanha Cívica pelo Porto
Marítimo e pela ZPE.
Dedico este
artigo ao meu primo pelo lado paterno, sobrinho pelo lado materno, e amigo pelo
lado do coração CANINDÉ CORREIA.
Parnaíba, 20 de setembro de 2015
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