domingo, 7 de março de 2010

DIÁRIO INCONTÍNUO

Componentes da mesa de honra: Carlos Alberto (reitor UESPI), Paulo Nunes (pres. Conselho Estadual da Cultura), Nerina Castelo Branco (decana APL), Oton Lustosa (representante TJ-PI), dom Juarez Sousa (bispo de Oeiras), Wilson Martins (vice-governador), Reginaldo Miranda (pres. APL), Temístocles Filho (pres. Assembleia Legislativa), Pe. Vicente (pároco de Passagem Franca), Fonseca Neto (novel acadêmico), Eliana Sampaio (Conselho Estadual da Educação) e Antônio José Medeiros (secretário da Educação).

7 de março

Após sua concorrida festa de posse, encontrei ontem, na APL, o novel acadêmico Fonseca Neto. Perdi o posto de “benjamim” para ele, que fica agora na extremidade dos modernos, enquanto a professora Nerina Castelo Branco continua na extremidade dos mais antigos, ocupando o decanato. Seu longo discurso, foi bastante encurtado pela emoção e beleza do conteúdo, que nos prendeu a atenção e nos arrancou aplausos. Tive a honra e a satisfação, na qualidade de 1º secretário da Academia, de ler o seu termo de posse, e fiz questão de fazê-lo em alto e bom som. Conheço-o faz mais de trinta anos, quando ele esteve na solenidade em que tomei posse do cargo de presidente do Diretório Acadêmico “3 de Março”, em Parnaíba. Depois, o apoiei em sua campanha vitoriosa para o Diretório Central dos Estudantes – DCE-UFPI. Em 1979, encontrei-me com ele na praia de Atalaia, oportunidade em que sorvemos umas cervejas, e entramos em altos “papos”, de conteúdo cultural, político, ideológico, histórico, que a nossa ardente e emotiva juventude impulsionava. Estiveram conosco outras pessoas, que as brumas do tempo já diluiu em nossa memória, mas, eu e ele, achamos que poderiam ser, entre outros, o Reginaldo Costa e o Bernardo Silva, do jornal Inovação, e talvez o poeta Alcenor Candeira Filho. Afinal, assim já se passaram mais de trinta anos. No calor e empolgação da conversa – e por que não confessar? - da libação etílica, perdemos a noção da passagem do tempo, e o fato é que o nosso bravo e novel acadêmico Fonseca Neto perdeu o bonde, mas não perdeu a esperança, como Drummond, em seu poema. Seguiu comigo para Parnaíba, em minha motocicleta CG-125. Mas, para novo infortúnio do Fonseca, quando nos aproximávamos da cidade, minha moto parou de funcionar por falta de gasolina. Para atenuar a minha culpa, pela possível imprevidência, devo esclarecer que esse modelo de veículo não possuía, na época, mostrador de combustível. Quando nos sentíamos desamparados, eis que um automóvel Brasília parou ao nosso lado. Era o deputado Elias Ximenes do Prado, meu conhecido, que nos oferecia carona. Aliás, em muito boa hora, pois o Fonseca conseguiu embarcar em ônibus da extinta empresa Marimbá, cuja agência ficava na avenida Capitão Claro, quase no cruzamento com a Álvaro Mendes. Consta que no outro ônibus, que trouxera o Fonseca, os seus colegas voltaram entristecidos, achando que ele teria se afogado ou teria sido arrebatado por alguma entidade marinha, e ido para as encantadas terras do sem fim. O deputado Elias me levou a um posto de combustível, onde adquiri gasolina, e me conduziu até onde ficara minha motocicleta, que voltou a funcionar a pleno vapor. E voltei a varar o tempo e o vento, parafraseando um poema de Alcenor, dos nossos bons tempos de motoqueiros.

Um comentário:

  1. Caríssimo poeta,
    Deves saber que no próximo dia 10 é dia do sogro. Como tenho uma grande estima pelo meu, Raimundo Rodrigues Coimbra, principalmente por causa de sua sabedoria adquirida empiricamente, eu humildemente lhe peço que publique algo sobre o SOGRO.
    grato,
    Nelson Rios

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