sábado, 13 de março de 2010
INAUGURAÇÃO DO MEMORIAL HISTÓRICO E DA SEDE DA ACALE
Aconteceu ontem, no início da noite, dois fatos culturais da maior importância para o município de Campo Maior. Um, foi a inauguração do Memorial Histórico do Município, erigido pela prefeitura, na Praça Bona Primo, em que a cronologia dos principais fatos históricos, desde a criação da fazenda Bitorocara, por Bernardo de Carvalho e Aguiar, e a criação da primeira capela, sob a invocação de Santo Antônio do Surubim, através do padre Tomé Carvalho, com a ajuda decisiva de Bernardo, que forneceu material de construção, trabalhadores e recursos financeiros, até os dias atuais. As principais datas foram pesquisadas pelo escritor e pesquisador João Alves Filho, que teve o auxílio de Vinício Lima, José Omar Brasil, Adrião Neto e Elmar Carvalho, e estão expostas em belas placas metálicas. Nessa solenidade, usaram da palavra João Alves Filho, presidente da Academia Campomaiorense de Artes e Letras – ACALE, e os acadêmicos Elmar Carvalho e Raimundo Nonato Monteiro de Santana, que enalteceram a obra, e falaram de sua importância para o resgate e conservação da memória histórica de Campo Maior. Encerrando a primeira solenidade cultural, o prefeito Joãozinho Félix falou de algumas de suas realizações e de sua satisfação em ter realizado esse Memorial, que fixou em placas de metal os principais fatos da História de Campo Maior, sendo que alguns se confundem com a própria História do Piauí. Em seguida, todos os presentes se deslocaram para a casa que foi a residência da professora e intelectual Briolanja Oliveira, uma das patronas da ACALE, onde foi realizada a entrega oficial desse patrimônio, pelo município, através do prefeito Joãozinho Félix, ao presidente da ACALE, escritor e historiador João Alves Filho, que nessa mesma solenidade, tomou posse da presidência da entidade, para exercer o seu segundo mandato, que começou, portanto, com a consecução da sede própria da Academia. Compareceram aos dois eventos pessoas representativas da comunidade campomaiorense, entre as quais Antônio Wilson Andrade, Dácio Bona, Raimundo Belchior Neto, Marko Galeno, Vinício Saraiva de Lima, Zeferino Alves Neto, Tote Portela, José Francisco Marques, César Loiola e Neto Chuíba. Marcaram presença os acadêmicos Cardosinho, Helano Lopes, Jesus Andrade, Jesus Araújo, Antônio Loiola, Moacir Ximenes, Domingos José Carvalho, João Borges Caminha, José Omar e Corinto Brazil. Também estiveram presentes Heitor Castelo Branco, Elmar Carvalho e Raimundo Nonato Monteiro de Santana, membros da Academia Piauiense de Letras e da ACALE. Vindos de Teresina, notou-se a presença dos escritores Antenor Rêgo Filho, Adrião Neto e Homero Castelo Branco Neto e do deputado federal Ciro Nogueira. A Banda Municipal Honório Bona Neto, sob a batuta do maestro e acadêmico Corinto Brazil, abrilhantando as duas solenidades culturais, executou belos dobrados e marchas do cancioneiro nacional e uma excelente valsa do ilustre compositor que lhe deu o nome.
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Uma sensação muita estranha senti quando vi nosso casarão invadido. Relembrei minha infância e os tempos felizes; domingo ao cair da tarde na Praça da Matriz, uma multidão de crianças a correr e brincar. Recostado ao painel do boi, meus olhos percorriam a imensa paisagem, de lonje avistei o casarão solitário, entre os portais cor de vinho, ela ali estava, sentada na cadeira de palinha elegante como uma rainha.Corri em direção ao que avistara, com a respiração ofegante beijei suas mãos, e como numa prece falei: "Abença Tia Briolanja", abençoado atendi ao convite para sentar,quieto esperei a pergunta de sempre: " Meu filho, como vai o Turuka?" ao tentar responder a pergunta uma nuvem de andorinhas rasga o céu, o sino da igreja anuncia, se aproxima a hora de Maria;do corredor do casarão uma voz é ouvida,é a Maria José, preta velha querida, anunciando o jantar a ser servido.Fico quieto esperando o convite, e escuto uma voz suave fazendo um pedindo: "Maria José, ponha mais um prato, hoje temos um convidado". Assentado à mesa olhando a porcelana branca e fina, aguardo o momento para ser servido.Três crituras ao redor da mesa se postam, cada uma na sua função,servindo-nos com amor e zelo, expressando um largo sorriso.Ouso levantar minha vista e aqueles olhos amendoados e tristes me fitam com carinho como se agradecesse a companhia,com um sorriso tímido respondo e de novo me inclino. A boa Teresa de mim se aproxima, com uma jarra me serve água pura e cristalina. Ao fim da refeição,ela se recolhe ao quarto grande,mais uma vez deixo meu ósculo naquelas mãos, peço sua benção,e uma voz suave me diz: "Deus te abençoe meu filho". Aquele pequeno e frágil corpo entra em seus aposentos,a porta é fechada,saio dali feliz, sem saber que aquele era nosso último encontro.
ResponderExcluirCaro Simão Pedro,
ResponderExcluirpela qualidade de seu texto e pela importância de seu conteúdo, resolvi tomar a liberdade de publicá-lo em meu blog pessoal e no Blog Literário, que mantenho no portal 180 Graus.