sábado, 14 de agosto de 2010

DECÁLOGO


EDMÍLSON CAMINHA

Estas mesmas dez perguntas serão formuladas a diferentes escritores e publicadas com as respectivas respostas em vários sites e blogs da grande rede. Esclareço que nada pretendo demonstrar ou provar com este questionário.

1 – Como e quando foi o seu início como leitor de literatura?

Na infância ainda, com a História do Mundo para as Crianças, de Monteiro Lobato, e Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll.

2 – Como e quando começou a sua atividade literária?

Por volta dos 12 anos, com a publicação dos primeiros textos no jornal O POVO, de Fortaleza (CE).

3 – Teve influências literárias? Se teve, quais foram essas influências?

Creio que todos que escrevemos somos influenciados pelos grandes nomes da literatura. Todo escritor é, antes de tudo, um leitor apaixonado.

4 – Qual o fato mais marcante de sua carreira literária?

À maneira de Eça de Queiroz, diria que "sou um pobre escritor de Fortaleza". Minha obra é modesta e pequena, sem grandes marcos que a enalteçam. A assinalar alguma coisa, destaco os elogios de quem sinceramente gosta do que escrevo.

5 – Como conseguiu editar seus livros?

À minha custa, sempre, em edições reduzidas de 500 exemplares.
6 – Qual o principal livro e qual o principal texto (conto, crônica, poema, ensaio etc.) de sua autoria?

Entre os livros, aponto o Lutar com Palavras, diário literário que publiquei em 2001. Das crônicas, ressalto "O jornal das multidões", em que lembro os primeiros passos que dei no jornalismo.

7 – Os órgãos oficiais de cultura do Piauí têm cumprido sua finalidade, no tocante à literatura? Comente.

Penso que sim, a exemplo da Fundação Monsenhor Chaves e do Conselho Estadual de Cultura, embora sempre se possa fazer mais...

8 – Em relação ao Brasil, que diria da Literatura Piauiense?

É da maior importância, não obstante pouquíssimos leitores a conheçam nos outros estados do País. Uma literatura em que se inscrevem os nomes de Da Costa e Silva, O. G. Rego de Carvalho, Assis Brasil e Cineas Santos, entre tantos outros, engrandece o Piauí e honra o Brasil.

9 – Que importância atribui à internet na divulgação literária?

Vejo-a como tão revolucionária quanto os tipos móveis inventados por Gutemberg, se pensarmos no mundo novo que vai do twitter aos e-books.

10 – Como e por que se fez literato?

Repito o que escrevi na apresentação do Lutar com Palavras: "No fundo, escrevemos para não morrer, para não desaparecer de todo, para vencer a efemeridade da vida e o silêncio do futuro. É como se disséssemos: 'Eu sou assim! Esses, os meus valores e as minhas crenças, daí as ações que pratico e as atitudes que tomo'. Os livros são, pois, bilhetes engarrafados que lançamos ao mar, cartas que endereçamos à posteridade — como compreendia Villa-Lobos a sua obra —, na vã ilusão de que nos faremos lembrados e queridos pelos séculos afora." É isso.

Um comentário:

  1. O Edmilson dispensa comentários de pé de página, Elmar. Estou aprimorando um banner de divulgação do centenário de Rachel de Queiroz que terá o Edmílson como palestrante. O evento será em novembro na Academia Cearense de Letras.

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