sábado, 27 de novembro de 2010

ENIGMA

ELMAR CARVALHO



entre o som
        o sono
        o sonho
        a sombra e a sobra


eu me decomponho
em escombros
em farpas e agulhas
escarpas e fagulhas


desfeito enfim
em fogos de artifício
feito estrelas de mim


esfinge autoantropofágica que
não se decifrou e que a si
mesma se devorou

2 comentários:

  1. Joserita Melo Carvalho10 de dezembro de 2010 às 22:39

    No teu dvd " O Poeta e seus Labirintos" este poema é "cantado"... e essa " música ficou gravada em nossas cabeças.... vez por outra a Joelinha e eu nos pegamos cantando este poema.
    bjos

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  2. Fiquei muito satisfeito com isso que vc contou. É sinal de que a música "casou" bem com o poema.

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