O HOMEM QUE VOLTA
Da Costa e Silva
Quando fui, com o meu sonho ingênuo e lindo,
Pelas estradas amplas, luminosas,
Vinham as Graças desfolhando rosas.
Ergui os olhos para os céus, sorrindo,
A beleza da vida pressentindo...
Quando vim, com o meu tédio miserando,
Pelos estreitos e áridos caminhos,
Iam as Parcas espalhando espinhos...
Baixei os olhos para o chão, chorando,
E fiquei para sempre meditando.
Extraído de LB – Revista da Literatura Brasileira, nº 6
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