sexta-feira, 1 de junho de 2012

Leonardo de Carvalho Castello Branco


Gervásio Santos, autor de Leonardo e História do Piauí 

O professor e historiador Gervásio Santos lançará às 19 horas do dia 12 de junho (terça-feira), no auditório do 25º BC, o livro LEORNARDO DE CARVALHO CASTELLO BRANCO, realizando projeto aprovado, em 2009, pela Lei. A. Tito Filho, da Fundação Cultural Monsenhor Chaves.
Leonardo de Carvalho Castello Branco nasceu no final do século XVIII, em 1788, na Fazenda Taboca, na Chapada da Limpeza, zona rural do município da Parnaíba que, por desmembramento originou o município de Barras que, igualmente por desmembramento, originou o município de Esperantina. Era filho de Anna Rosa Clara Castello Branco e de Miguel de Carvalho. Pelo lado materno descendia de Francisco da Cunha e Silva Castello Branco e de Anna Rosa Pereira Tereza do Lago. E, pelo lado paterno, de Antônio Carvalho de Almeida e de Maria Eugênia de Mesquita Castello Branco.
O pai Miguel de Carvalho, mesmo com a debilidade das instituições públicas educacionais e a predominância do ensino religioso, deu aos seus filhos uma educação mais humanística. Influenciado por esse tipo de ensino, Leonardo enveredou pelos ensinamentos do latim, do português, da física, da geografia e da matemática.
Leonardo casou-se moço com Judith da Mãe de Deus Castello Branco, com quem teve nove filhos, sendo três do sexo masculino, um deles, o poeta caçador Teodoro de Carvalho e Silva Castello Branco, e seis do sexo feminino, Rosa Castello Branco, Rosa Lina Castello Branco, Adelaide Rosa Castello Branco, Angélica Maria Moreira de Carvalho, Cândida Maria Castelo Branco e Maria Leonor Castello Branco. Faleceu no dia 12 de junho 1873, no Sítio Barro Vermelho, perto da Fazenda Limpeza, de sua propriedade, no então município de Barras, na idade de 85 anos incompletos.

Bibliografia:

- O Ímpio Confundido ou refutação a Pigault-lebrum: Poema filosófico, dividido em três cantos. Lisboa (1835, 1ª ed.; 1836, 2ª ed.; e, 1837, 3ª ed.).

- O Santíssimo Milagre: Canção em 7 cantos que contém a história completa do Santo Milagre de Santarém, (1839. Duas versões: uma erudita e outra popular).

- Carta sobre a certa parte do tesouro descoberto no máximo Rio Amazonas. Lisboa (15 de maio de 1841).

- Memória acerca das abelhas da província do Piauí no império do Brasil, na qual se descreve a história e, sucintamente, o tamanho, cor, natureza, costumes e produto de cada espécie e suas variedades, além dos nomes pelos quais ali são conhecidas. Lisboa (1843);

- Astronomia e Mecânica Leonardina ou Arcanos da Natureza Manifestados, divididas em duas partes: Uma que se refere às leis da natureza e a outra referente à astronomia, dividida em 2.422 números; na qual, abor-dou os mais graves problemas geográficos e astronômicos, dando a todos eles uma solução sempre de acordo com a lição bíblica, interpretando-a, às vezes, a seu modo, quando não podia conciliar com a ciência. A obra foi ilustrada com um retrato do autor, em bico-de-pena com idade de 54 anos. Não houve publicação, apenas parte foi publicada (notas de no 1.079 a 1.152) no final de A Creação Universal, em 1856.

- Juízo ou parecer, dado em Lisboa em 1845, a pedido de um diplomata brasileiro, sobre o discurso do tenente-coronel Antônio Ladislau Monteiro Baena, dirigido ao Instituto Histórico do Brasil, datado no Maranhão, 1847, contendo 32 páginas. A esta publicação seguiu-se a carta reservada ao Sr. Leonardo da Senhora das Dores Castello-Branco (Antônio Ladislau Monteiro Baena). E a resposta de Leonardo com data de Oeiras 1849. Contendo 26 páginas.

- A Creação Universal: poética e filosoficamente. Poema dividido em 6 cantos, conforme a ordem da criação relatada no Gênesis. Contém 4.247 versos brancos e numerosas notas explicativas. Rio (1856). 153 páginas. Linguagem clássica e estilo camoniano.

- Investigação da causa eficiente do Alvoroço Ante-religioso em Lisboa, alcunhado de patriotismo por seus autores, Fração dos Pseudos – liberais e Resposta aos seus Sofismas, dividida em duas partes: Política e Religiosa. Rio de Janeiro (1858). 40 páginas.

- Verdades Singelas, refutação mais conhecida pelo título de Voz da Razão, atribuída a José Anastácio da Cunha. A obra se perdeu num incêndio em sua casa, em Lisboa.

Obras que falam sobre Leonardo:

Literatura Piauiense - escorço histórico – João Pinheiro, Imprensa Oficial, Teresina, 1937;
Visão Histórica da Literatura Piauiense. Herculano Moraes. Rio de Janeiro. Companhia Editora Americana, 1976
Apontamentos biográficos e outros – Mons. Joaquim Chaves, COMEPI, Teresina, 1981 – 1º Vol.

Leonardo: Um homem e sua história – Valdemir Miranda de Castro, editado pela Academia de Letras do Vale do Longá / FUFPI, Teresina, 1995. Introdução de Herculano Moraes.

Leonardo, inaugurador da poesia científica – José Pereira Bezerra, Teresina, 1996.

Vultos Piauienses – Clodoaldo Freitas, Fundação Mons. Chaves, Teresina, 1998 – 2ª edição.

Biografia e crítica - Clodoaldo Freitas. Pesquisa e organização de Teresinha Queiroz. - Imperatriz, Ma. 2010.

Tempo Consequente - H. Dobal. Seus feitos heroicos, literários e inventivos são exaltados no poema épico Leonardo, que se encontra no livro.

O AUTOR

João Gervásio dos Santos Neto, filho de Antônio de Souza Santos (falecido a 23 de agosto de 1984) e de Maria do Socorro Fagundes dos Santos, nasceu em Parnaíba, a 18 de novembro de 1966.
Formado em História, pela Universidade Federal do Piauí. Especialista em História do Brasil, pela PUC-MG. Mestre em Educação pela Universidade Federal do Piauí.
Professor de História Regional do Piauí e de História Geral, ministra aulas nas escolas municipais e estaduais de Teresina.
Sindicalista há mais de 20 anos, ajudou a criar e a reativar diversas associações e sindicatos de trabalhadores. Foi Assessor para Assuntos Sindicais do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Piauí nas gestões de 1988 a 1991 - 1991 a 1993 e 1996 a 1999. Atualmente, é um dos diretores do Sindicato dos Servidores do Município de Teresina.
É um dos fundadores do PSTU - Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado, por cuja legenda candidatou-se à Prefeitura de Teresina, em 1996, e do qual é presidente, no Piauí, do Diretório Regional. Integra as fileiras da CONLUTAS - Coordenação Nacional de Lutas (constituída como desdobramento do Encontro Nacional Sindical, que aconteceu em março de 2004 em Luziânia (GO) e que reuniu mais de 1.800 dirigentes e ativistas sindicais e de movimentos sociais) em nosso Estado.
Autor de História do Piauí, em parceria com Kenard Kruel, editora Zodíaco, 2009. Prepara, para breve lançamento, a biografia de Jovita, a jovem destemida do sertão que tudo fez para ir à Guerra do Paraguai, a ser editada, também, pela Zodíaco.

Batalhão Alferes Leonardo de Carvalho Castelo Branco”

Em 2 de janeiro de 1918, foi criado o 44º Batalhão de Caçadores, com parte do efetivo oriundo do 48º Batalhão de Caçadores de São Luiz-MA, tendo como primeiro Comandante o Cap Domingos Monteiro.
De acordo com o Decreto nº 13.916 de 11 de dezembro de 1919 do Exmº Sr Presidente da República dos Estados Unidos do Brasil, Epitácio Pessoa, o 44º BC recebe a denominação de 25º Batalhão de Caçadores. Somente em 16 de dezembro de 1925 foram inauguradas e ocupadas as instalações do novo aquartelamento, sob o comando do Cel Gustavo Frederico Bentemuller.
O 25º BC teve participações importantes no cenário nacional combatendo a Coluna Prestes em 1925; participando da revolução de 1930; participando do Movimento de 1932, conhecido Revolução Constitucionalista; resgatando a ordem nos movimentos de 1935 (Intentona Comunista) e 1938 (Integralismo); participando da Revolução de 1964.
No cenário internacional, o 25º BC teve importante participação na Segunda Guerra Mundial, na medida em que vários militares do Batalhão integraram o efetivo da Força Expedicionária Brasileira - FEB, que juntamente com os aliados combateram as forças do eixo (Alemanha, Itália e Japão).
A Portaria nº 525 de, de 11 de julho de 2005 concedeu ao 25º BC a denominação histórica de “Batalhão Alferes Leonardo de Carvalho Castelo Branco” e Estandarte Histórico, em reconhecimento aos atos de bravura, capacidade de liderança e a forma como o jovem Alferes motivou e conduziu os patriotas a lutarem contra a resistência portuguesa, durante o processo de consolidação da independência do Brasil.
O 25º BC é uma Unidade do tipo II, que possui um Campo de Instrução, cerca de 86 KM da cidade de Teresina, onde são realizadas parte do adestramento da tropa. Na atualidade, continua honrando suas tradições, cumprindo fielmente todas as atividades ligadas ao seu adestramento militar, bem como, de acordo com a Constituição, auxiliando o processo evolutivo nacional por intermédio da realização de atividades subsidiárias.

Localização: Praça Marechal Floriano Peixoto, s/n
Bairro: Centro - Cidade: Teresina (PI)
CEP: 64000-410

Comandante atual do 25º BC: Tenente coronel Humberto da Silva Marques. Nasceu em Parnaíba, Piauí, em 8 de outubro de 1965, mas sua criação, desde os primeiros dias de vida até a adolescência, se deu na cidade de Luzilândia, Maranhão, de onde, com os seus pais, Expedito de Sousa Marques e de Maria Dalva da Silva Marques, foi morar em Campinas (São Paulo). Ali, ingressou, em 1983, na Escola Preparatória de Cadetes do Exército. A sua nomeação para o comando do 25º BC, em substituição ao tenente-coronel Fernando Pontes, foi feita pelo comandante do Exército general Enzo Martins Peri. Antes de assumir o cargo, o tenente coronel Silva Marques era instrutor da Escola de Comando do Estado Maior do Exército no Rio de Janeiro. Pela vasta folha de serviços prestados à Pátria, o tenente coronel Silva Marques recebeu, entre outras condecorações, a Medalha Militar de Prata, a Medalha do Pacificador e a Medalha do Serviço Amazônico.

Um comentário:

  1. parabens pelo tra balho,sou apaixonado por historia do piaui principalmente no que diz respeito a leonardo castello branco este grande piauense,queria conhecer um material mais abrangente sobre outros menbros da familia como sua esposa judith que pouco se sabe ao seu respeito.

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