domingo, 12 de maio de 2013

HOMENAGEM A DONA ROSÁLIA

Miguel e Rosália


HOMENAGEM A DONA ROSÁLIA

José Francisco Marques (*)

Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens.” 1Co 15.19.

Não sei que estranha força me levou a escrever. Inexplicavelmente encontro-me sentado à mesa a digitar palavras que parecem ser sopradas por anjos divinos que, ao meu ouvido, balbuciam uma oração em forma de consolo, a mim que também sofro a perda de tão significativa amiga. Falar de Dona Rosália é ter um léxico infindo de flores à minha disposição, é versar sobre a bondade personificada por apenas uma pessoa, é testemunhar a dignidade palpável e explícita.

Nas vezes que Deus me permitiu a sua convivência, senti de perto o aconchego maternal que a sua figura tão bem representava. Pude testemunhar a atenção que despertava ao falar com maestria e sabedoria que o tempo a fez absorver. Enriqueci-me como pessoa ao ter o privilégio do seu convívio e sobretudo procurei aplicar em minhas ações cotidianas as inúmeras virtudes que lhe pude assimilar.

Poucos dias antes de adoecer, Dona Rosália esteve na casa de minha mãe e em conversa com ela manifestou orgulho e satisfação por minha amizade com Elmar (filho a quem sou mais próximo). Acrescentou a seu comentário que despertava por mim um sentimento maternal. Aquelas palavras me fizeram sentir que a minha luta diária pela melhoria espiritual, naquele momento, obtinha a melhor resposta que eu poderia ouvir.

Era generosa por excelência e possuía o rico dom do altruísmo. Vibrava com o crescimento do próximo como se fora dos seus. Isso, a meu ver, a diferençava por demais, sobretudo nos tempos atuais, onde a ganância e a falta de cristandade afloram e galopam a passos meteóricos.

Senti, e não posso negar, diferenciadamente a morte de tão querida amiga. Esse fato tornou-se agregado a minha companheira insônia. Mas, nas reflexões que se seguiram, encontrei consolo (creio que a família também), na boníssima alma que fora elevada a um patamar maior onde certamente receberá as benesses pelas práticas filantrópicas costumeiras.

Que belo lugar deve esperá-la. Que vales verdes e orvalhados, que lago de águas cristalinas com árvores frondosas e habitadas por pássaros que em coro uníssono cantam a canção da paz. Paz que tanto desejou a todos em sua convivência terrestre, paz que, com a ajuda de Deus, finalmente encontrou.
As hostes celestiais receberam substancial reforço. Nós, um legado de exemplos benéficos e profícuos.

Descanse em paz!!!!!!!!

(*) O autor é professor, compositor e instrumentista.

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