terça-feira, 2 de junho de 2015

Rio Parnaíba


Rio Parnaíba


Hélio Soares Pereira



Já dez anos...

E tuas águas

transbordando meus olhos



Contemplo

de meus penhascos

e mangueirais

pequenas casas

- taipas de recordações

afogadas nas cheias



Jorra-me

tua lembrança

outra vez

- imagens

de febril espera



Aves rasantes

nos meus sonhos

retornam

E meu ser

perplexo

caminha sobre a fria areia



Olhos ouvidos

linguagem viva

em todos estes anos de ausência



Rio encantado

em meu quintal

num mar de sol

sobre casebres

assombrados

do meu jirau



O rio e a fonte

nesse rodopio

se misturam

beijando o céu

a terra

o mar



Filho da lua

em noites de prata

me ensinando

a pescar   

Um comentário:

  1. Belo poema Helio, sensível, mostrando um Rio caudaloso, conservado, sem assoreamrto. Este RiomParnaíba não existe mais, só nos resta agora torcer para que as iniciativas do dr carlos Augusto Pires Brandão, sejam realmente efetivads e o nosso velho monge volte a viver.
    Um abraço José Itamar(Academia de Medicina do Piauí, Alval, Falresc e Allche)

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