quinta-feira, 27 de agosto de 2015

FÉRIAS EM BARRAS DO MARATAOÃ


27 de agosto   Diário Incontínuo

FÉRIAS EM BARRAS DO MARATAOÃ

Elmar Carvalho

Parte I

Na reunião de sábado, oito de agosto, na Academia Piauiense, vários confrades se referiram, de forma efusiva e elogiosa, ao livro Rua da Glória, da autoria de Carlos Augusto de Figueiredo Monteiro, professor universitário, geógrafo e escritor, nascido em Teresina. Rua da Glória é a atual Lisandro Nogueira, onde ele nasceu, na casa de sua avó materna, e na qual viveu a sua infância e parte da juventude.

O acadêmico Pedro da Silva Ribeiro lhe enalteceu as qualidades do estilo e do conteúdo. Disse que além de sua importância genealógica, o livro discorre sobre o crescimento de Teresina. Elogiou-lhe ainda a correção gramatical. Fonseca Neto, na mesma toada e quase em uníssono, lhe fez calorosos elogios, e disse que foi um dos que sugeriram o nome do autor para receber o título de Doutor Honoris Causa, que lhe foi concedido pela Universidade Federal do Piauí.

Acrescentou que os quatro volumes de suas memórias também se reportam a Campo Maior, Barras, União e Miguel Alves, e que cada um se refere a uma geração de parentes e ancestrais do autor. Informou, ainda, que o autor passou mais de vinte anos a escrever essa notável obra memorialística.

O escritor e poeta Dílson Lages Monteiro, recém eleito para a nossa Academia, não lhe regateou palavras de elogio. Aliás, foi bastante enfático, quando falou da capacidade de síntese do memorialista, e quando se referiu ao lirismo de sua linguagem, inclusive qualificando-a como uma obra que merece ser relida. Coroando suas palavras, disse que o seu texto é comovente, e comparável às memórias de Pedro Nava, observando-se, claro, as propostas e peculiaridades de cada um.

Diante dessas palavras de fartos e entusiasmados elogios, e também considerando o que eu já tinha ouvido e lido sobre Rua da Glória, tomei a decisão de adquiri-lo. Na segunda-feira seguinte, logo na parte da manhã, me dirigi à livraria Monsenhor Melo, da Editora da UFPI – EDUFPI, dirigida pelo professor e economista Ricardo Alaggio Ribeiro, onde adquiri os quatro alentados volumes, que ainda trazem belas ilustrações feitas pelo autor, inclusive as da capa. Disse-lhe, uma vez que gosto de dar boas notícias, que as memórias de Carlos Augusto de Figueiredo Monteiro tinham sido calorosamente elogiadas na sessão de sábado.

Em virtude de projeto literário pessoal que desenvolvo no momento, sobretudo a continuidade deste Diário Incontínuo, previsto para ser encerrado no final do corrente ano, e serviços de postagem (publicação) de textos em meu blog e em sites em que mantenho blogs ou colunas, como Entretextos e Proparnaíba, não pude ler esse monumento memorialístico na íntegra, como ele bem merece.


Optei por ler inicialmente as belas páginas em que o memorialista narra e descreve as suas férias em Miguel Alves e Barras. E pude constatar que as louvações de meus confrades foram justas. Parafraseando o poeta Torquato Neto, eles louvaram o que bem merecia ser louvado.   

3 comentários:

  1. Elmar, acompanhei e tive o prazer de conversar com o escritor Carlos Augusto.
    Ele teve o cuidado de pesquisar no Arquivo Público.
    Escreve sobre Alto Longá, Campo Maior, Elesbão Veloso.
    Relata fatos fidedignos sobre as famílias: Area Leão, Rocha, Ribeiro, Cardoso. Nos mostra uma Teresina atém então desconhecida.
    Recebeu a Comenda Mérito Cultural Walmira Campos Saraiva Costa da ALLCHE(Academia Longaense de Letras, Cultura, História e Ecologia)

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  2. Na próxima quinta-feira publicarei a segunda parte de minha matéria sobre esse grande livro.
    Muito boas as suas observações.

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  3. Elmar, que bom que os nossos escritores estão aparecendo e contando as nossas histórias, cheias de glórias. O Professor Carlos Augusto(Filho do fundador do Jornal "O DIA" jornalista Raimundo Leão(1951), neste seus explendorosos 4 (quatro) volumes nos informa de uma maneira acadêmica grande parte da história de Teresina, suas figuras de proa, seus costumes, suas personalidades deixando-nos orgulhosos dos nossos antepassados.
    A Academia Piauiense de Letras, com a sua coleção centenária., está proporcionando uma volta a um passado de vitórias, muita raça e determinação dos nossos escritores(poetas, contistas, trovadores e historiadores)
    Um abraço Itamar
    José Itamar Abreu Costa(um dos três mosqueteiros da modernidade), junto com Elmar e Olavo Pereira da Silva.

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