Fonte: Google/Folha Tutoia |
O NAVIO ALINE RAMOS – Parte I
Antonio Gallas (*)
...de exuberante cargueiro a um amontoado de ferro velho...
Os que
nasceram depois dos anos 80 estão longe de imaginar que aquela carcaça de
navioencalhado na praia da barra em frente a Pousada Embarcação já foi atração
turística que atraiu milhares de olhares curiosos para ver o exuberante cargueiro de bandeira brasileira
batizado com o nome de Aline Ramos que encalhou na ponta da Ilha do Caju nas
proximidades da entrada da barra do
Carrapato exatamente no dia 16 de novembro de 1981 por volta das 19 horas e 40
minutos, conforme descrito no Processo nº 11.069 do Tribunal Marítimo e
publicado no Anuário de Jurisprudência do mesmo tribunal .
Consta que o
navio ficou encalhadona seguinte posição:Latitude: dois graus,quarenta e
umminutos e três segundos ao Sul do Equador (02°41’03”S) e longitude quarenta e
dois graus,doze minutos e trinta e seis segundos a Oeste do Meridiano de
Greenwich (42°12’36”W)conforme citado nas folhas 66 do mesmo processo.
A tripulação
do navio incluindo o comandante e imediato era composta por 17 pessoas assim
distribuídas: 02 (dois) condutores motoristas, 02 (dois) moços de convés, 02
(dois) marinheiros de convés,01 (um) taifeiro, 01 moço-de-máquina,o
radiotelegrafista, o eletricista, o chefe de máquinas, o segundo maquinista, 01
(um) mestre de pequena cabotagem, 01 (um) carvoeiro, o imediato, 01 (um)
segundo piloto e o comandante, capitão-de-cabotagem.
Mas como o
exuberante mercante brasileiro foi parar na praia da barra para se transformar
num amontoado de ferro velho, numa carcaça corroída pelo sal e deterioradapela
ação do tempo? E por que o navio
encalhou antes de chegar ao seu destino, o porto da Ilha do Igoronhon?
Nos autos do
processo já citado no caputdeste artigo, consta queocomandante da embarcação,
capitão-de-cabotagem Ruy Edi Ribeiro Gomesera homem do mar com muita experiênciae
conhecia muito bem o canal, pois por diversas vezes já havia entrado no Porto
de Tutóia.
Outro fato
intrigante com relação ao Aline Ramos é que a embarcação dispunha a
umavelocidade entre 09 a 10 nós, o que
representa em média de 18 quilômetros por
hora. No processo que foi aberto contra ocomandante da embarcação eo seu
imediato para apurar as causas do acidente,
consta, também, que as condições de navegabilidade no momento
eram boas, embora a noite estivesse escura.
No
depoimento do imediato do Aline Ramos, sr. Nelson Ferreira Tenório, ele afirma
que no momento do encalhe a
embarcação estava navegando apenas com a agulha magnética e de sonda porque o
radar “pifou poucos minutos antes do través de Canárias” ( SIC)e que apenas
estes dois equipamentos não ofereciam
condições adequadas para a navegabilidade com segurança, enquanto que a defesa
do comandante insiste em afirmar que o
que causou o encalhe foram a correnteza e os fortes ventos NE( ventos que sopram do Nordeste).
Mais uma vez
voltamos à pergunta: por que o navio Aline Ramos encalhou? E por que ele foi
abandonado na Praia da Barra em Tutóia há trinta e quatro anos atrás? Por que nenhuma providência foi tomada para
retirá-lo de lá? Queimpacto pode ter causado ao meio ambiente? De ondepartiu o Aline Ramos? Qual seria o
destino da embarcação? Estas e outras respostas,além de outros detalhes o
leitor ficará sabendo na próxima edição de nosso jornal.
(*) AntonioGallas é professor, poeta, jornalista e escritor.
Membro da Academia de Ciências Artes e Letras de Tutóia – ACALT , do Instituto
Histórico Geográfico e Genealógico de Parnaíba
- IHGGP e Secretário da Associação dos Comunicadores de Parnaiba –
ASCOMPAR.
Ola o senhor era embarcado nesse navio em 1986? Sabe se este navio esteve em paranagua?
ResponderExcluirAtrativo turístico agora
ResponderExcluirolá, vc viajou nesse navio em que estado do país?
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