terça-feira, 11 de outubro de 2016

Apenas Memórias


Apenas Memórias (*)

Carlos Said
Escritor e jornalista

Ao pé da letra, memória é a faculdade de reter as ideias adquiridas anteriormente.

Assim, o livro do professor, poeta e escritor Francisco Cunha e Silva Filho (Amarante - Piauí, 1964), titulado " Apenas Memória", recém-lançados em Teresina, Piauí, apresenta  nas lembranças das 299 páginas , coisas próprias ajudando as recomendações  e cumprimentos do filho daquele que, em vida foi um dos mais argutos defensores do tempo portentoso da literatura mafrensina: o conceituado  Francisco da Cunha e Silva (Amarante Piauí 1905 - Teresina Piauí 1990), autor de dois magníficos livros: "República dos Mendigos"(critica social dirigida  aos governantes nacionais) e "Copa & Cozinha" (Sátira ironizando as diferenças  entre ricos e pobres na organização social do Piauí).   

     O cronista foi alvo duma recomendação. Nas páginas  69/70, excelente livro, estão assentados as gratas recordações de Teresina quase apagadas  pelo tempo. "A Rua Arlindo Nogueira(Arlindo Francisco Nogueira: Valença -Piauí , 1853 Teresina Piauí 1917), para o lado em direção à zona norte, ela se prolongava  até  praticamente  à Praça do Mercado  Novo, local onde havia residências, a Faculdade de Direito (data da fundação: 25 de março de 1931), o Colégio Demóstenes Avelino(Demóstenes Constâncio Avelino: Oeiras Piauí 1847 - 1914), do professor Felismino Freitas Weser (Piripiri Piauí 1893 - Teresina Piauí 1984)e, nessa direção , até chegar aquela  praça  ou largo, eu passava pelo lado lateral do Colégio das irmãs (Colégio sagrado Coração de Jesus (data da fundação 4 de outubro de 1906), onde minha mãe  estudou n infância ou adolescência. algumas vezes, de manhã, me dirigindo ao Mercado Novo, me deparava  com o jornalista escritor Carlos Said (Teresina -Piauí 1931). Batíamos um papo até o mercado.

      Não sei se ele lembra  deste pormenor. Na verdade, a particularidade faz parte das reminiscências entremeadoras de sentimentos compassivos. Entre amigos outros do Cunha e Silva Filho, um deles o advogado e escritor José Ribamar Garcia(Teresina 1946), declarou com sobriedade: "Superou ele todos os obstáculos. Um vencedor (...) Hoje, um dos mais importantes  críticos literários  do País com vários livros publicados". Alargando  a opinião do Ribamar Garcia, adiantamos os títulos de três importantes livros publicados antes de Cunha e Silva Filho articular a finalidade das admoestações familiares: "Da Costa e Silva(Antonio Francisco da Costa e Silva(Amarante Piauí 1885 - Rio de Janeiro 1950), uma leitura de "Saudade"(1966); "Breve Introdução do Curso de Letras: uma orientação"(2009); "As ideias do Tempo((2010) e agora "Apenas Memórias" (2016), o talento nato do Cunha e Silva filho acertou definitivamente a transferência da ímpar inteligência do seu pai para que não pairasse a dúvida da vitória através da intervenção paterna "Meu filho, você tem sede de sabedoria".

      A continuidade daquele fato doméstico percorreu os caminhos da mãe Ivone Setúbal e Silva tantas vezes identificada pelos desenhos arregimentados e colocados no universo mágico da fantasia - desta para o filho.

       Ademais, culto e dominador emérito da língua inglesa com fluência universal Francisco Cunha e Silva Filho protagonizou como discípulo de Shakespeare(William Shakespeare: Strattford-upon.Avon, Inglaterra 1564 - 1616), os lances artísticos de "All is well that end well". "(Tudo fica bem quando acaba bem)"

(*) Texto digitado e enviado por Itamar Abreu Costa 

3 comentários:

  1. Nos últimos 15 anos, tenho quase que por obrigação procurar nas páginas de um jornal de grande circulação em nosso estado, os textos do Professor Carlos Said.
    Nos impressiona como este sábio, consegue mesmo sem a ajuda da informática, fornecer tanto conhecimento de história e literatura.
    Said é um dos maiores incentivadores dos escritores piauiense da atualidade Ele consegue com maestria resumir os textos dos livros que são encaminhados dos mais diversos estados e municípios e com isso ficamos conhecendo os autores , suas cidades e os fatos pitorescos das mesmas.
    Said um gigante a frente do seu tempo!
    José Itamar

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  2. V. tem razão, Itamar, Carlos Said é um escritor piauiense que não tem vaidades, não deseja louros nem academias. Escreve sobre escritores piauienses porque, acima de tudo, quer valorizar os autores locais. Tem uma capacidade sem igual para, pacientaamentae, ler com cuidadoç especial , os autores que lhe chegam às mãos, sejam autores mais vlhos, sejam autores novos ou mesmo estreantes
    Said é um farol atento à produção literária do Piauí.
    Faz isso porque tem talento, porque sabe ler com penetração e porque confia nos autores de sua terra.
    É um resenhista que sabe captar com sensibilidade e argúcia os pontos mais relevantes de uma obra.
    Seu papel de escritor no Piauí[i não será esaqeucido e, mais tarde, será bem melhor avaliadoç pelo que faz com amor e dedicação à intleigência dos que escrevem literatura no Piauí.
    Com idade avançada, dá exemplo de lucidez, firmeza de pensamento e sinceridade no exercícioç de leitor privilegiado e incaansável.
    É um homem de valor nas letras piauienses e, por tudo isso, só lhe almejo ainda muitos anos de atividade jornalística.

    Cunha e Silva Filho.

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  3. Obrigado,caro José Itamar, pela gentileza de enviar ao Blog do Elmar Carvalho essa resenha do meu livro escrita pelo ilustre escritor piauiense, Carlos Said

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