Após seu concorrido lançamento no Teatro do SESC Avenida, o romance Histórias de Évora já se encontra à venda em Parnaíba, na Livraria Harmonia e na Banca do Louro, ambas situadas na Praça da Graça, ao preço de apenas R$ 20,00.
Com um senso de humor invejável e apurado erotismo, jamais
imaginável em um homem presumivelmente pudico e recolhido à vivência
exclusivamente matrimonial, vc me fez
reviver um passado bem parecido, cheio de brincadeiras, namoricos, cachaçadas,
festas, incursões aos saudosos lupanares
e demais entretenimentos de nossos tempos de antanho.
Na verdade, vejo que o poeta guardou grande gama de
conhecimentos práticos acumulados em uma vida muito bem vivida numa Évora bem
real, kkkkkkk.
Seu passeio por Carlos Gonzaga, Nelson Gonçalves, Márcio
Greik, Vespasiano Ramos, Humberto de Campos, Castro Alves e o clássico
Beethoven, nos deliciou com a mistura do clássico com o popular. Ao transcrever
uma estrofe de Castro Alves sobre olhos negros, senti falta apenas e tão
somente da menção a "Seus olhos", do meu conterrâneo e superior poeta
romântico, Gonçalves Dias, que aliás, poderia também ter sido citado quando da
descrição dos "Olhos verdes" da loira esbelta, retilínea que tanto
encantou o nosso Marcos Azevedo, vista anos depois com uma filhinha de cinco
anos de idade.
Lógico que este não é um comentário de um crítico literário,
mas apenas de um leitor de pouca cultura, que se viu nas linhas dessa divertida
novela, digna de encômios!
Edison Rogério Leitão
Juiz de Direito
Resposta de Elmar Carvalho:
Caro amigo Edison Rogério,
Fiquei deveras satisfeito com seu comentário acima, por que
não dizer embevecido.
Foi no âmago e na essência do romancinho.
Você observou tudo muito bem, o que demonstra que de fato você
vivenciou essa bela época, e fez "prosopopeias" parecidas com as do
nosso bravo Marcos.
Você lembrou com muita propriedade o nosso imenso Gonçalves Dias. Tive que
podar um pouco as citações e as intertextualidades para não ser acusado de
excessos nesses aspectos.
Também reduzi o número de casos picantes que poderia ter
contado, para que os "críticos" moralistas não dissessem que
encharquei meu livro de erotismo, embora seja a sexualidade parte da vida, ou
melhor, o estopim da própria vida.
Você deve ter notado que eu "castiguei" a lourinha
linda e presunçosa do início do livro, que quis esnobar o nosso bravo Marcão.
Aliás, tive um amigo escritor que leu as páginas iniciais de
Histórias, o qual me perguntou se eu não iria castigar a bela cachopa ou ninfa
eborense. Ele falou isso quase me instigando a fazê-lo, cobrando mesmo.
Respondi-lhe que já estava pensando nisso. Na época eu
pensava em fazê-la uma decadente prostituta de nossos exemplares congressistas.
Mas fiquei com pena dela, e mitiguei o castigo, da forma que
o amigo deve ter visto.
Muito obrigado pelas suas belas palavras e por sua leitura
atenta.
Abraço,
Elmar Carvalho
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