domingo, 17 de dezembro de 2017

Ronald Trump no Muro das Lamentações

Fonte: Google

Ronald Trump no Muro das Lamentações

José Maria Vasconcelos
Cronista, josemaria001@hotmail.com

         Costumo chegar cedo ao templo. Concentro-me, leio o jornalzinho, antes do início da missa. Um trecho da carta do apóstolo Pedro grilou-me atenção por toda a semana: “O Senhor não tarda... um dia é como mil anos, e mil anos como um dia... O Senhor está usando de paciência... depois virá a desintegração do mundo!”

         O mês de dezembro acende a fé no Cristo que veio, estendeu sua tenda entre humanos, deixou o legado do amor e da esperança na sua volta “com grande poder e magestade”. Ninguém sabe o dia, nem anjos celestiais. No entanto, em momentos dramáticos por que passa o mundo, aparecem profetas de plantão a anunciar que a DESINTEGRAÇÃO” se aproxima, porque Deus já perdeu a PACIÊNCIA. A Igreja Católica evita, prudentemente, explorar a profecia de Cristo sobre o Final dos Tempos para não apavorar a esperança na PARUSIA e ARREBATAMENTO. O tema, porém, passa desapercebido pela mídia mercadológica, da comilança desenfreada, banquetes, presentes, cujo Deus é o estômago e o bolso, como nos tempos de Noé: mundo surdo e mudo, comilão e beberrão. E veio o dilúvio de surpresa.

         Presidente Donald Trump encontra-se no centro dos profetas de ocasião, por chafurdar, nos últimos dias, a combalida harmonia entre palestinos e judeus. Bilionário, prepotente, falastrão, sempre às turras com americanos e governos adversários mundo afora. Declarou todo apoio a Israel, ao retirar o direito sagrado dos palestinos a uma nesga parte de Jerusalém para o culto a Alá.

         Pastor da igreja evangélica, GIDEÕES MISSIONÁRIOS DA ÚLTIMA HORA, fundada em Santa Catarina, afirma ter recebido, em sonhos, que a última hora de paciência divina está próxima da desintegração. E exibe números cabalísticos e coincidências na figura do mais poderoso chefe do mundo, Trump.

         O pastor começa pelo nome, DONALD TRUMP: Donald significa senhor e juiz. Trump, trombeta. Segundo a profecia de Cristo, no final dos tempos, anjos trombeterão... Trump, para o gideão, é o ANTICRISTO anunciado por Jesus para o tempo da desintegração. O governo do anticristo estabelecer-se-á em Jerusalém. Trump elegeu-se, prometendo que “em judeu ninguém toca”. Em maio último, visitou a Cidade Santa, rezou, com quipá na cabeça, no Muro das Lamentações. Prometeu erguer o Templo, para alegria dos judeus. Segundo o profeta Daniel, o anticristo erguerá o Templo e o profanará. Em segunda carta aos tessalonicenses, apóstolo Paulo afirma que o anticristo se sentará no Templo e será adorado como Deus.

         As profecias bíblicas apontam o Monte Sião como centro e relógio do mundo. Agora, percebam os números cabalísticos: Trump assumiu o governo com sete décadas de vida e sete dias, no ano judaico 5777. Israel aguarda o real Messias das profecias bíblicas. Milhares de judeus já abandonaram nações onde residiam e foram morar em Israel. Atenções do mundo científico pressentem que a DESINTEGRAÇÃO se aproxima. E Cristo antecipou: “Vereis sinais no céu”. Parece que o pastor dos Gideões da Última Hora revive Noé. Acredito que, em plena badalação natalina, parece que o verdadeiro anticristo seja Papai Noel. Desencanta até o dono da festa, o aniversariante Jesus Cristo, com fantasias de um mundo onírico e gastador.       

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