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O Usurário
Adail Coelho Maia (1909 - 1962)
Pensando simplesmente no dinheiro
Vive o rico usurário, noite e dia
Se alguém lhe bate à porta, traz primeiro
A nota que tem por garantia!
Por quase nada, tudo ele avalia
Num gesto de sagaz aventureiro;
E em tão pouco tempo, cheio de alegria,
Leva do pobre o traste derradeiro.
O seu deus é a riqueza conseguida,
Com ela pensa em se livrar do inferno
Porque com ela triunfou na vida.
Mas um pesar em seu viver influi,
Saber que morre e o desespero eterno
“De não poder levar o que possui.
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