sexta-feira, 31 de julho de 2020

A Pedra sem Sal

(c) Foto de Chico Rasta


A Pedra sem Sal

Paulo de Athayde Couto 

Finalmente o “progresso" chegou com os cata ventos,
Aquela praia tão bonita onde eu fiz a minha primeira poesia,
Ficou cheia de bares, sem banheiros, sem higiene, 
Lá nas pedras somente escombros de casas de palhas,
A aldeia que um dia foi de pescadores, não sei mais de quem é, 
Talvez ainda tenha peixe para pescar, talvez ainda sobre alguma beleza,
A “pedral, a pedra e o sal" da cabeça gigante, ninguém enxerga mais,
Porque a ação devastadora do homem destruiu tudo.  

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