Lançamento do 73° Almanaque da
Parnaíba
Na
noite de ontem (27), foi lançada a 73° edição do Almanaque da Parnaíba. O
evento, ocorrido no SENAC (BR-343), teve início às 19 horas, reunindo membros
da Academia Parnaibana de Letras (APAL), vencedores do Concurso Literário
promovido pela academia e convidados.
Na mesa de honra, estavam: O presidente
da Academia Parnaibana de Letras, jornalista José Luiz de Carvalho; Arlindo
Ferreira Gomes Neto, o Arlindo Leão, Superintendente Municipal de Cultura da
Parnaíba, representando o Prefeito da Parnaíba, Acadêmico Francisco de Assis de
Moraes Souza; Carlson Pessoa, Presidente da Câmara Municipal da Parnaíba;
Primeira Tenente Maira Silva, da Capitania dos Portos do Piauí, representando o
Capitão de Mar e Guerra, Maxwell Denigres; Acadêmico Claucio Ciarlini, Antônio
Gallas Pimentel, Antônio de Pádua Marques Silva, Maria Dilma Ponte de Brito e
Roberto Cajubá da Costa Britto; Além da Doutora Maria Fernanda Brito do Amaral,
representando a Ordem dos Advogados do Brasil do Piauí (OAB-PI).
A
solenidade teve início com as palavras do presidente da APAL, o jornalista e
escritor, José Luiz de Carvalho, que agradeceu a todos que apoiaram e os que se
faziam presentes. Na sequência, o poeta e também acadêmico Diego Mendes Sousa
(*) discursou sobre a história do Almanaque e prestou bela homenagem a Assis
Brasil (capa da edição) e Mestre Ageu. Em seguida, houve a apresentação do
Almanaque em questão, pelo acadêmico e escritor Claucio Ciarlini. O jornalista
e membro da APAL, Antonio Gallas Pimentel também fez uso da fala, onde discursou
sobre o Projeto Academia Viva.
Por
fim, os vencedores do Concurso foram chamados por categoria para receberem o
diploma de mérito literário, como também os merecidos aplausos da plateia que
contou com mais de 150 pessoas, que, concluída a solenidade, puderam apreciar
um farto coquetel regado a fotos e confraternização.
Abaixo,
segue a apresentação do 73° Almanaque da Parnaíba, por Claucio Ciarlini:
Boa noite, confrades e amigos! E
a todos aqui presentes!
Cumprimento
os componentes da mesa de honra, através de nosso Presidente José Luiz de
Carvalho e já inicio agradecendo a Deus, que nos concedeu a dádiva de estarmos
todos aqui, principalmente depois de dois anos de pandemia, que nos levaram
tantos amigos, escritores, jornalistas, músicos, professores, dentre muitas
outras categorias igualmente importantes para nossa cidade.
Em segundo, gostaria de agradecer em nome da
comissão organizadora do nosso almanaque, àquele, que algumas vezes já falei,
mas aqui novamente repito... Nosso apoiador, o maior Mecenas que a Parnaíba já
viu: o confrade e amigo, Francisco Valdeci Cavalcante!
Agradecemos
também nosso presidente da APAL, José Luiz de Carvalho, um incansável na
batalha pela cultura, que me fez o convite no princípio de 2020, para que eu
fizesse parte desta importante comissão organizadora composta por grandes nomes
da Literatura Piauiense: Antonio Gallas, Diego Mendes Sousa, José Wilton Porto
e Maria Dilma Ponte de Brito. Além de nosso presidente, José Luiz de Carvalho,
que apesar de não constar o seu nome entre os organizadores, está sempre ali,
nos ajudando.
Agradeço
também em nome da comissão, a todos acadêmicos que colaboraram nesta edição,
abrilhantando-a com sua escrita e arte.
Aos
vencedores do Concurso Literário, nosso acalorado aplauso, além de nossa
profunda gratidão! Saibam que os vossos textos vieram somar, e muito, para com
esta edição. E não falo apenas em termos de volume, mas principalmente de
extrema qualidade! A poesia, o conto, a crônica e o artigo, tudo em grande
excelência. Agradecemos à comissão julgadora do concurso, composta por Maria
Dilma Ponte de Brito, Maria do Rosário Pessoa Nascimento, Altevir Esteves,
Antônio de Pádua Ribeiro dos Santos, Antônio de Pádua Marques, Wilton Porto,
Elmar Carvalho e Diego Mendes Sousa.
Uma
edição mais que especial, e que, infelizmente, só não será totalmente festiva,
por conta do luto que nós, acadêmicos, e toda a cidade de Parnaíba ficamos,
devido à perda de grandes cidadãos que muito fizeram por nossa sociedade, por
nossa história, por nossa escrita, dentre outros aspectos, no que inicio uma
afetiva homenagem, um tanto poética, porém humilde, no instante em que digo
que...
Tem algo de diferente neste
Almanaque.
As cores azul e branca estão
aqui, como de costume,
Porém carregam certo tom
nostálgico,
Misto de saudade e silêncio.
Ainda que em celebração e ternura.
A poesia foi forte neste
Almanaque.
A prosa não fez por menos.
24 acadêmicos emprestaram sua
escrita.
Somados aos 18 do Concurso
Literário,
Quarenta e dois talentos.
Todavia, um deles nos deixou.
Confrade Renato Bacellar. Um
enorme coração,
Em meio a estas páginas que agora
pulsam.
Ele representava o melhor de nós.
A Parnaíba em luto.
Assim como em luto ficou, diante
da partida de outro importante filho:
Dr. Francisco de Assis Cajubá.
Homem dos mais íntegros deste estado.
Homenagens merecidas foram feitas
neste Almanaque.
O núcleo gestor escolheu Assis
Brasil como capa.
Confrade Diego Mendes Sousa foi
escalado para tão nobre missão.
Para nossa tristeza, o autor de
Beira Rio, Beira Vida abandonou este plano.
Uma homenagem em vida se tornou
póstuma.
O mesmo ocorreu com o Mestre
Ageu.
Diego o homenageou em vida,mas
não houve tempo.
Tornou-se história, antes que a
sua fosse impressa.
Alguns já tinham nos deixado,
o amigo Canindé Correia e o poeta
Jorge Carvalho.
Que receberam importante
homenagem,
vinda de nosso confrade e amigo
Elmar Carvalho.
Cidadãos que a nossa cidade
perdeu,
Em meio a um período tão
tenebroso.
Porém entre as homenagens,
há uma que carrega apenas a
leveza da alegria,
A de Maria Dilma Ponte de Brito e
seus filhos, Dante e Breno,
Que construíram um passeio
literário à Parnaíba. E dos mais felizes.
Também falei de nossa cidade,
mas através dos meus lugares de
memória.
Artigos também foram inseridos
neste Almanaque.
Pesquisas que percorreram pontos
de cultura e memória,
registros de diferentes cidades
do nosso Piauí.
Os eventos de uma Academia cada
vez mais viva
a atualização de membros e suas
respectivas cadeiras
numa revisão bem mais minuciosa
organização sempre muito
comprometida
diagramação e impressão
de extrema qualidade.
Obra prima da Sieart.
No que é preciso declarar a minha
imensa gratidão
por mais essa oportunidade,
de estar entre aqueles
que atuam na produção deste,
que é o mais importante periódico
de nossa história e da nossa
literatura
Obra cuja existência desta,
e de edições anteriores,
se deve a ao nosso mecenas:
Valdeci Cavalcante.
E gostaria de encerrar minha
fala,
homenageando as produções
que venceram um concurso,
pra lá de disputado, quando:
Eu digo que a literatura venceu
E a história também
No momento em que nasceu
Um Almanaque
Onde se visita
Serra do Morcego,
Com suas pinturas e lendas
A nos encantar
Vila dos Morenos
Seu povo e suas histórias
A se eternizar
Templo de Frecheiras
De fé, natureza e mistérios
A se registrar
Em seguida, de um banco sem banco
Logo passar a observar
Amor à primeira vista
Da Espinha Dorsal da Cidade
Vislumbrar,
Junto dos vizinhos
A megalomania de um famigeraldo
Para depois, entre vozes e passos
da Graça
Com o braço direito erguido
Profundo amor à vida
Tenta-se sobreviver, ao clima,
consumo e ego
Em meio àquela saudade... Com
gosto de vó!
E por fim... Ou melhor, depois do
fim
Se encontrar
Com a boa e amiga poesia
Para se contar
As lendas de um bairro,
Que costuma se dizer, que com um
sopro
Consegue-se revelar,
Tudo! Até mesmo a geografia de
Vênus!
E por último, sim, a literatura
venceu!
E a história também!
É hora de celebrar...
O nascimento de um Almanaque
Que com certeza, jamais será
esquecido!
Muito obrigado!
Claucio Ciarlini, 27 de maio de
2022.
(*) Para conferir discurso do
poeta Diego Mendes Sousa, basta clicar em:
https://www.portalentretextos.com.br/post/lancamento-do-almanaque-da-parnaiba-discurso-de-diego-mendes-sousa
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