EGOCENTRISMO
Elmar Carvalho
Eu sou um homem,
diante do qual,
curvo como um
servo capacho,
eu tiro meu chapéu,
que nem sequer tenho.
Eu vendo minha
imagem refletida
no espelho não mágico
de meu quarto,
curvo-me a mim mesmo,
como um eunuco do harém
perante o sultão.
E aquela imagem,
curva ante mim,
é minha maior homenagem
que me presto.
Eu me aproximo
do espelho,
até que minha imagem
egocêntrica
seja projetada no infinito.
Excelente
ResponderExcluirMuito obrigado.
ResponderExcluirPoema interessante e, também, de cunho psicológico e transcendental. Abstração muito boa. Parabéns ao ilustre poeta.
ResponderExcluirExcelente, amigo!
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