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O IMPULSO DA AVE
Nathan Sousa (1973)
para M.
Paulo Nunes
anseio; a qualquer angústia
ou desforra.
papéis brancos, amarelos.
celulose e silêncio.
despropósitos.
rabisco em suas faces estas
formas
que defloram signos rasos,
ausência;
gritos a sumirem na paisagem.
(o que a palavra transfigura ou
desfalece).
onde todos os lugares são apenas
tinta e tracejado: o desvelo que
do pulso
exige golpes de enlace; a língua
a deslizar
nos cantos; o invento das mãos
que nada sabem
do lume antes do gesto.
esta mesa; estes papéis alheios
ao assombro,
e o ímpeto do improvável que me
resta.
Um vôo da imaginação. Mas, é só uma face do belo poema. Parabéns.
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