domingo, 13 de agosto de 2023

SONETO DA SOLIDÃO

Fonte: Google

 

SONETO DA SOLIDÃO


Elmar Carvalho

 

Nas noites em que a lua alumia

a solidão das desertas chapadas,

soturnamente, adormece a melancolia.

Os raquíticos espinheiros, como ossadas,

 

quando a noite é bem sombria,

a sós com a solidão das quebradas,

contemplam, tristonhos, a nostalgia

das lúgubres noites amortalhadas ...

 

 

A araponga, se a noite desce,

solta seu grito que esmaece

na solidão, seu calvário!

 

Quando o dia chega ao termo,

a solidão que envolve o ermo

é como minha alma de solitário.

2 comentários:

  1. Não sei se o poréns é novo, mas sempre me surpreendo com o talento, coma verve, do amigo! ER

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