quinta-feira, 12 de outubro de 2023

BULLING E OUTRAS MAZELAS HODIERNAS

Fonte: Google

                         

BULLING E OUTRAS MAZELAS HODIERNAS


Elmar Carvalho

 

Fui convidado pelo professor Alexandre Mota a proferir hoje, na Unidade Escolar ABC da Alegria, uma palestra para os alunos e seus pais, a respeito de disciplina e do respeito que o estudante deve ter para com seus mestres. Estavam presentes, entre outros, a diretora, professora Rejane Helal, a presidente do Conselho Tutelar, Márcia Rejane, o presidente do Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente, senhor Raimundo Inês, o assessor jurídico da Prefeitura, Dr. Hilton Araújo.

 

Obviamente, falei sobre disciplina, respeito, hierarquia, amor, etc. Mas, sobretudo, enfatizei o fato de que se o aluno não presta atenção às aulas, ao que o professor está explicando, quem mais se prejudica é ele próprio, uma vez que o mestre irá receber o seu vencimento normalmente. Falei que, até para ser gari do município, vigia de uma praça, o interessado teria que ser aprovado em concurso público, e lhes disse que mesmo as empresas da iniciativa privada fazem os seus testes seletivos, inclusive com relação ao uso da informática.

 

Chamei-lhes a atenção para o fato de que somente através do estudo eles poderão obter uma melhor condição de vida. Entretanto, deixei claro que a disciplina, a orientação, os conselhos e mormente os exemplos devem partir, em primeiro lugar, do seio da família, e desde os primeiros anos de vida, pois quando o jovem é acostumado a não ter limites nem freios dificilmente os aceitará após os doze anos de idade.

 

Contudo, deixei claro que, numa época em que, em muitos casos, a mãe e o pai trabalham fora de casa, há que haver também a contribuição da escola na educação dos jovens. Todavia, quando o jovem não teve essa base educacional em casa se torna muito difícil a contribuição dos mestres, porquanto essa criança ou adolescente já está acostumada a não ter limites, a não ter regras de convívio.

 

Hoje, vê-se falar em bullying e em professores acuados e intimidados por alunos. Talvez isso seja provocado pela falta da presença ativa dos pais na criação, orientação e disciplinamento dos filhos. Tenho dito e repetido que se a sociedade não está boa é porque as famílias, em geral, não estão boas, pois o que é a sociedade senão a soma de todas as famílias?

 

Provavelmente, numa época de uso avassalador de audiovisuais, internet, celulares, etc., a escola precise repensar seus métodos e equipamentos para melhor atrair a atenção do corpo discente. Suponho deva ser inserida na grade curricular uma disciplina que ensine ética, cidadania e noções ecumênicas de religião, pois todas as religiões pregam o bem, a caridade, a generosidade e a fraternidade.

 

Além disso, a escola e o poder público precisam ocupar o jovem com esporte, literatura, música, artes plásticas, dança, teatro, gincanas culturais, etc., para tirar o jovem do ócio nocivo, que pode levar às drogas e à prática de atos infracionais. Não sendo da área pedagógica e esportiva, pouco sei; mas sei que algo de novo precisa ser feito. Como não poderia deixar de ser, falei no amor, em Cristo e em Deus.

(Extraído de Diário Incontínuo, 16 de junho de 2010)

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