domingo, 21 de abril de 2024

FLAGRANTES DE BELÉM

 

Fonte: Google

FLAGRANTES DE BELÉM

 

Elmar Carvalho


              (Reconstituição minimal

               de um poema perdido.)

 

No lusco-fusco da chuva

intermitente de Belém

um guarda impaciente

envolto na capa e na solidão

aguarda um outro

guarda que não vem

para o ato de rendição.

 

Um impudente

fauno de pedra de pé mijava.

Uma imprudente

ninfa de cócoras

o cântaro emborcava:

água na água

chuva chovendo no molhado.

3 comentários:

  1. Um poema curto, mas de muita qualidade, prenhe de significados!!!
    👏👏👏👏👏

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  2. Muito obrigado, prezado amigo Édison Rogério.

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  3. Meu Nobre Poeta Maior, saudações!
    Como sempre, irretocável!
    Pr. Cícero Veras

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