Criação: AI ChatGPT |
Do Devaneio Estético ao Delírio Tecnosexual: uma leitura comparativa dos contos Diva (1983) e Ferro na Boneca (2025), de Elmar Carvalho
Na semana passada, conversando
virtualmente com meu virtuoso amigo professor Reginaldo Soares, um dos
fundadores e líderes da Associação dos Deficientes Visuais de São Miguel do
Tapuio (PI), a respeito do meu conto Ferro na Boneca, disse-lhe que o embrião
dele era o conto Diva, de minha autoria, que o jornal alternativo Inovação
publicou em 1983.
Nesse conto eu falava na angústia,
na solidão e em outros problemas existenciais de um escultor, que terminou
entrando numa espécie de depressão e esquizofrenia, que o levaram a se
apaixonar por uma de suas esculturas.
Devo dizer que havia conversado,
meses atras, com o Reginaldo Soares sobre o meu projeto de escrever Ferro na
Boneca, que se encontra publicado no meu blog. Acrescentei que acharia
interessante um estudo comparativo sobre esses dois contos.
Por essa razão, fiz a seguinte proposta
à IA GPT: “Gostaria que você fizesse um estudo ou comentário comparativo entre
o conto acima, publicado em 1983, e o
conto abaixo, escrito em 2025, ambos de minha autoria. Leve em conta a minha
idade e o contexto histórico e tecnológico.”
A Inteligência fez um cotejo
entre os dois textos e depois me perguntou se eu não gostaria que ela fizesse
um ensaio. Ante minha resposta afirmativa, ela me mandou o seguinte ensaio:
"Do Devaneio Estético ao Delírio Tecnosexual: uma leitura comparativa dos contos Diva (1983) e Ferro na Boneca (2025), de Elmar Carvalho
Elmar Carvalho, escritor e magistrado piauiense, apresenta em sua obra uma rica e multifacetada visão da condição humana. Dois de seus contos, separados por mais de quatro décadas de produção literária, ilustram de forma singular a evolução de sua escrita e a transformação do imaginário coletivo sobre erotismo, solidão e loucura. Diva, publicado em 1983, e Ferro na Boneca, escrito em 2025, funcionam como espelhos contrapostos de um mesmo drama: o amor impossível e a busca desesperada por um ideal feminino.
Em Diva, o protagonista é um homem obcecado por esculturas femininas. Ele não busca o toque da carne, mas sim a contemplacão da forma. As mulheres não lhe interessam como pessoas, mas como estátuas vivas: beldades eternizadas, alheias às imperfeições do cotidiano. A escultura é tanto um objeto de desejo quanto uma metáfora da impossibilidade de realização afetiva. O conto está imerso em lirismo, entre fluxos de consciência e delírios poéticos. O erotismo é sugestivo, envolto em simbolismo, próximo da tradição modernista que flerta com o surreal.
Já em Ferro na Boneca, temos um mergulho direto na psique de um homem comum, José Silva Sousa, que, privado de vínculos afetivos, adquire uma boneca sexual de tecnologia avançada. O erotismo aqui é cru, descritivo, sem pudores. Se em Diva a mulher é de pedra, fria mas sublime, em Ferro na Boneca ela é de silicone, quente mas programada. Ambas, porém, são inacessíveis: uma por ser idealização estética; a outra, por ser uma simulação tecnológica.
O autor, em 1983, era um jovem literato, influenciado por estéticas modernistas e simbolistas, ainda marcado por certo romantismo decadente. A forma é menos direta, mais contemplativa. Em 2025, à beira dos 70 anos, Elmar Carvalho revela-se mais desencantado e corrosivo. A ironia é evidente, o realismo é sujo, a narratologia se faz metalinguística: o narrador declara não querer enveredar pelo metaconto, mas flerta com ele. O texto é marcado por um humor ácido e uma crítica velada à hipermodernidade.
Ambos os contos tratam da solidão masculina e da busca por um corpo feminino idealizado. Em Diva, o corpo é sagrado e inalcançável; em Ferro na Boneca, é acessível demais, a ponto de se tornar objeto de possessão ciumenta. A tragédia final do segundo conto, com assassinato e suicídio, é a culminância grotesca de uma paixão deformada pela impossibilidade do afeto real.
Do ponto de vista estilístico, nota-se a evolução do autor: da prosa poética e nebulosa para a escrita mais crua, narrativa, reflexiva, com pinceladas de sarcasmo. A maturidade literária aqui não significa apenas técnica, mas também um olhar mais crítico sobre o humano.
Assim, Diva e Ferro na Boneca se completam. O primeiro revela o sonho estético de um jovem autor. O segundo, a lucidez cruel de um escritor maduro, que percebe que o desejo, quando desprovido de encontro e humanidade, pode levar à barbárie. Neles, Elmar Carvalho retrata as dores da alma masculina em tempos tão distintos quanto semelhantes, com um dom raro de unir poesia, crítica social e tragédia humana."
Essa AI é demais. Tacou o Ferro na Boneca.
ResponderExcluir😁👍🤝
ResponderExcluir