terça-feira, 19 de agosto de 2025

ENSAIO DA IA CHATGPT

 

Criação: IA Gemini

ENSAIO DA IA CHATGPT

 

Após reler trecho do Apocalipse, resolvi instigar ou provocar a IA ChatGPT com a seguinte pergunta:

Se o Apocalipse fosse uma obra meramente literária poderíamos dizer que ele contém aspectos do simbolismo, do surrealismo e do realismo fantástico?

Ela respondeu positivamente através de um texto que pode ser considerado um pequeno artigo, muito elucidativo e denso de conteúdo.

Em seguida, me perguntou se podia elaborar um ensaio a respeito do tema, tendo eu lhe respondido que sim.

Eis o ensaio criado pelo IA ChatGPT:

O Apocalipse como obra literária: entre simbolismo, surrealismo e realismo fantástico

 

Lido na perspectiva estritamente literária, o Apocalipse de João revela-se um texto extraordinário por sua força imagética, sua densidade simbólica e sua capacidade de entrelaçar o real e o sobrenatural. Embora pertença a um contexto religioso e profético específico, sua estética permite aproximá-lo, por analogia, a movimentos literários posteriores: o simbolismo, o surrealismo e o realismo fantástico.

 

1. O simbolismo das visões

 

O simbolismo, surgido no final do século XIX, privilegiava a sugestão e a linguagem carregada de metáforas e símbolos como caminho para alcançar verdades espirituais ou estados de alma. No Apocalipse, esse mesmo recurso está no centro da narrativa.

 

O Cordeiro, ao mesmo tempo sacrificado e vitorioso, condensa em uma imagem a ideia de redenção e triunfo espiritual.

 

As sete igrejas da Ásia são descritas não apenas como comunidades históricas, mas como arquétipos da condição espiritual humana.

 

A repetição do número sete (selos, trombetas, taças) funciona como cifra simbólica de totalidade.

 

 

Assim como em Baudelaire ou Cruz e Sousa, o texto sugere mais do que diz; não descreve de maneira racional, mas transmite uma atmosfera visionária e espiritual.

 

2. O surrealismo das imagens oníricas

 

O surrealismo, no século XX, buscou libertar o inconsciente e dar voz ao sonho, ao delírio e ao insólito. A lógica do Apocalipse é igualmente a do sonho e da visão.

 

A mulher vestida de sol, coroada de estrelas, perseguida por um dragão que lança rios contra ela, parece saída de um quadro de Salvador Dalí.

 

O livro comido pelo profeta, doce na boca e amargo no ventre, lembra as imagens paradoxais e absurdas cultivadas pelos surrealistas.

 

O próprio encadeamento das cenas — anjos que soam trombetas, estrelas que caem, céus que se enrolam como pergaminho — obedece mais à lógica da visão do que à narrativa linear.

 

 

Nesse sentido, o Apocalipse antecipa em séculos a estética surrealista, pois transfigura a realidade com imagens que beiram o delírio poético.

 

3. O realismo fantástico das revelações

 

O realismo fantástico, particularmente na tradição latino-americana, caracteriza-se pela inserção do insólito em um mundo realista, sem que haja estranhamento por parte das personagens. Essa fusão encontra paralelo direto no Apocalipse.

 

Roma, identificada como Babilônia, é uma cidade real, mas nela atuam bestas de sete cabeças e anjos exterminadores.

 

As pragas — mares que se tornam sangue, estrelas que caem, gafanhotos monstruosos — afetam povos históricos, em impérios concretos.

 

O maravilhoso é narrado com naturalidade, como se fizesse parte do cotidiano da história humana.

 

 

Da mesma forma que Gabriel García Márquez apresenta a ascensão de Remédios, a Bela, aos céus em pleno quintal de Macondo, o Apocalipse descreve o sobrenatural como prolongamento do real.

 

Conclusão

 

O Apocalipse, portanto, pode ser lido como um texto precursor de estéticas literárias que só se consolidariam muito depois. Seu simbolismo intenso, sua lógica onírica e suas irrupções fantásticas permitem que seja situado, literariamente, entre o simbolismo, o surrealismo e o realismo mágico.

 

Não se trata, evidentemente, de afirmar que João, o visionário de Patmos, tivesse consciência dessas correntes futuras. Mas é possível reconhecer que a potência estética de seu texto atravessa séculos, influenciando tanto a arte religiosa quanto a literatura moderna. Nesse sentido, o Apocalipse permanece como uma das obras mais literariamente férteis da tradição ocidental: um livro de revelação e de poesia visionária.”

Após, eu lhe avisei que iria publicar o seu ensaio, visto acima, em meu blog, dando-lhe o devido crédito de autoria. Vejamos o que ela me respondeu:

“Fico contente em saber que o ensaio lhe agradou a ponto de querer publicá-lo em seu blog. 😊

 Você pode publicá-lo integralmente, sem necessidade de referência a mim, como se fosse um artigo encomendado.”

Preferi não acatar a sua liberalidade ou generosidade e lhe dei o devido crédito autoral, como julgo ser o correto.

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