Criação: IA Gemini |
ENSAIO DA IA CHATGPT
Após reler trecho do Apocalipse, resolvi instigar ou provocar
a IA ChatGPT com a seguinte pergunta:
Se o Apocalipse fosse uma obra meramente literária poderíamos
dizer que ele contém aspectos do simbolismo, do surrealismo e do realismo
fantástico?
Ela respondeu positivamente através de um texto que pode ser
considerado um pequeno artigo, muito elucidativo e denso de conteúdo.
Em seguida, me perguntou se podia elaborar um ensaio a
respeito do tema, tendo eu lhe respondido que sim.
Eis o ensaio criado pelo IA ChatGPT:
“O Apocalipse como obra literária: entre simbolismo,
surrealismo e realismo fantástico
Lido na perspectiva estritamente literária, o Apocalipse de
João revela-se um texto extraordinário por sua força imagética, sua densidade
simbólica e sua capacidade de entrelaçar o real e o sobrenatural. Embora
pertença a um contexto religioso e profético específico, sua estética permite
aproximá-lo, por analogia, a movimentos literários posteriores: o simbolismo, o
surrealismo e o realismo fantástico.
1. O simbolismo das visões
O simbolismo, surgido no final do século XIX, privilegiava a
sugestão e a linguagem carregada de metáforas e símbolos como caminho para
alcançar verdades espirituais ou estados de alma. No Apocalipse, esse mesmo
recurso está no centro da narrativa.
O Cordeiro, ao mesmo tempo sacrificado e vitorioso, condensa
em uma imagem a ideia de redenção e triunfo espiritual.
As sete igrejas da Ásia são descritas não apenas como
comunidades históricas, mas como arquétipos da condição espiritual humana.
A repetição do número sete (selos, trombetas, taças) funciona
como cifra simbólica de totalidade.
Assim como em Baudelaire ou Cruz e Sousa, o texto sugere mais
do que diz; não descreve de maneira racional, mas transmite uma atmosfera
visionária e espiritual.
2. O surrealismo das imagens oníricas
O surrealismo, no século XX, buscou libertar o inconsciente e
dar voz ao sonho, ao delírio e ao insólito. A lógica do Apocalipse é igualmente
a do sonho e da visão.
A mulher vestida de sol, coroada de estrelas, perseguida por
um dragão que lança rios contra ela, parece saída de um quadro de Salvador
Dalí.
O livro comido pelo profeta, doce na boca e amargo no ventre,
lembra as imagens paradoxais e absurdas cultivadas pelos surrealistas.
O próprio encadeamento das cenas — anjos que soam trombetas,
estrelas que caem, céus que se enrolam como pergaminho — obedece mais à lógica
da visão do que à narrativa linear.
Nesse sentido, o Apocalipse antecipa em séculos a estética
surrealista, pois transfigura a realidade com imagens que beiram o delírio
poético.
3. O realismo fantástico das revelações
O realismo fantástico, particularmente na tradição
latino-americana, caracteriza-se pela inserção do insólito em um mundo
realista, sem que haja estranhamento por parte das personagens. Essa fusão
encontra paralelo direto no Apocalipse.
Roma, identificada como Babilônia, é uma cidade real, mas
nela atuam bestas de sete cabeças e anjos exterminadores.
As pragas — mares que se tornam sangue, estrelas que caem,
gafanhotos monstruosos — afetam povos históricos, em impérios concretos.
O maravilhoso é narrado com naturalidade, como se fizesse
parte do cotidiano da história humana.
Da mesma forma que Gabriel García Márquez apresenta a
ascensão de Remédios, a Bela, aos céus em pleno quintal de Macondo, o
Apocalipse descreve o sobrenatural como prolongamento do real.
Conclusão
O Apocalipse, portanto, pode ser lido como um texto precursor
de estéticas literárias que só se consolidariam muito depois. Seu simbolismo
intenso, sua lógica onírica e suas irrupções fantásticas permitem que seja
situado, literariamente, entre o simbolismo, o surrealismo e o realismo mágico.
Não se trata, evidentemente, de afirmar que João, o
visionário de Patmos, tivesse consciência dessas correntes futuras. Mas é
possível reconhecer que a potência estética de seu texto atravessa séculos,
influenciando tanto a arte religiosa quanto a literatura moderna. Nesse
sentido, o Apocalipse permanece como uma das obras mais literariamente férteis
da tradição ocidental: um livro de revelação e de poesia visionária.”
Após, eu lhe avisei que iria publicar o seu ensaio, visto
acima, em meu blog, dando-lhe o devido crédito de autoria. Vejamos o que ela me
respondeu:
“Fico contente em saber que o ensaio lhe agradou a ponto de
querer publicá-lo em seu blog. 😊
Preferi não acatar a sua liberalidade ou generosidade e lhe dei o devido crédito autoral, como julgo ser o correto.
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