Francisco Almeida, advogado e cordelista Criação: IA Gemini
DE LAVRADOR A DOUTOR
Elmar Carvalho
Estive lendo o livro “Zé Rosa: de
Lavrador a Doutor”, em que Francisco de Almeida, através de poema de cordel
homenageia seu irmão, no ensejo do seu cinquentenário. Fui contemporâneo do
autor, quando fizemos o curso de Direito na UFPI. Creio que cursamos alguma
disciplina na mesma classe. Ele era empregado do Banco do Brasil, tendo,
posteriormente, exercido o cargo de advogado dessa empresa. Hoje, trabalha na
Advocacia Geral da União, exercendo o cargo de advogado dessa repartição no
Piauí. Como o título do livro indica e a sua leitura confirma, José Rosa de
Almeida nasceu na zona rural, na localidade Flor da Almécega, na época
pertencente ao município de Castelo do Piauí, e que hoje integra o de São João
da Serra, em 14.08.1960.
Desde menino, ajudava seu pai nos
serviços de vaqueiro, campeando gado bovino, e mesmo pegando e derrubando reses
bravias, a envergar orgulhosamente o seu terno de couro. Trabalhou nesse
difícil mister até os 17 anos de idade, quando veio estudar em Teresina, graças
à ajuda de irmãos, sobretudo do Francisco de Almeida, que já trabalhava no
Banco do Brasil. Esteve alojado na Casa do Estudante do Piauí, cujas condições
de conforto e alimentação parecem testar o hóspede para as vicissitudes da
vida. O livro conta a história de Zé Rosa, seus percalços e triunfos.
Registra que seu pai, em virtude
de viuvez, foi casado duas vezes, e teve uma prole bem considerável, sendo que
todos os filhos conseguiram vencer na vida. O protagonista do livro foi
presidente do sindicato dos empregados dos Correios durante três vezes. Na
condição de diretor regional adjunto da ECT (cargo que ainda exerce), esteve na
titularidade da função de diretor durante mais de ano e em várias outras
ocasiões. Conheci também o José de Ribamar Almeida, funcionário da Secretaria
de Fazenda do Piauí, irmão de Zé Rosa, que foi meu colega no curso de Direito.
Portanto, essa família de pessoas
humildes, nascidas na zona rural, filhos de vaqueiro, souberam triunfar na
vida, graças ao próprio esforço, sem necessidade de “pistolões” e de benesses
espúrias. O opúsculo foi prefaciado pelo professor doutor José Machado Moita
Neto, que atestou ter o homenageado feito por merecer a louvação do mano, e foi
apresentado pelo poeta Pedro Costa, em versos cordelistas, o qual certificou a
capacidade de versejador de Francisco de Almeida, ao dizer que ele “do verso
tem o domínio”.
Todavia, o novel poeta advertiu
os seus pares, especialmente o apresentador, o “curió” Sebastião Evangelista e
o repentista Edvaldo Guerreiro, de que não tenham receio de sua concorrência,
uma vez que não pretende prosseguir na carreira de cordelista.
18 de janeiro de 2011

Sem pistoloes nem benesses
ResponderExcluirGostei de Lavrador a doutor vida de superação um vencedor.
ResponderExcluirGostei de Lavrador a doutor vida de superação um vencedor.
ResponderExcluir