domingo, 16 de maio de 2010

DIÁRIO INCONTÍNUO

Elmar Carvalho


16 de maio

CASTELOS DE AREIA E DE CARTAS

Foi lançado ontem, na Academia Piauiense de Letras, o livro Castelos de Areia, do escritor e médico Marcus Sabry. O autor nasceu em Parnaíba, em 1970. É descendente das famílias Sabry, do Egito, e Azar, da Arábia Saudita, vindas para o Brasil no final do século XIX. Formado em medicina pela Universidade Federal do Piauí, da qual é hoje professor. Fez residência e doutorado na Universidade Federal de São Paulo. Na solenidade, houve interessante e agradável palestra do escritor, ilustrada com belas e elucidativas imagens e gráficos, exibidos através de data show. Em sua fala, de forma sucinta, ele expôs suas ideias, que, por via agradável, suave e sutil estão contidas no livro, por intermédio da ficção. Segundo a tese do conferencista, a humanidade terá menos problemas e, consequentemente, melhor qualidade de vida, quando, predominantemente, alcançar em percentuais mais elevados os estágios da racionalidade e da ciência, com a fase mágica ficando bastante reduzida. Nesta última etapa (mágica), as pessoas estão, em sua ótica, muito ligadas ao misticismo e a preconceitos. Na palestra, Marcus Sabry procurou demonstrar que certos traumas podem não ser bem equacionados e superados pelo ser humano, tornando-se a pessoa, muitas vezes, prejudicial a si mesma e aos outros, sobretudo mergulhando em situações de estresses e de depressões. Entretanto, se o indivíduo adotar a postura correta, poderá superar os seus problemas psicológicos, levando uma vida mais feliz e mais útil aos outros, inclusive à fauna e à flora, pois certamente a pessoa adotará atitudes mais construtivas, e não, destrutivas. E essas atitudes serão mais facilmente processadas por uma pessoa portadora de pensamentos mais racionais e mais científicos. Na narrativa, há um encontro entre um menino e um ancião. Um, no início da vida, com um mar a ser desbravado e conhecido; o outro, já tendo navegado o que lhe foi possível navegar, já tendo aproveitado ou desperdiçado as oportunidades que lhe surgiram na dinâmica muitas vezes imprevisível da vida. De qualquer sorte, o idoso terá, no mínimo, amealhado, se tiver um pouco de sabedoria, um patrimônio grandioso de experiências e lições, que poderá, egoisticamente, reservar apenas para si ou, generosamente, compartilhar com os outros. Só me resta acrescentar que o autor é, de fato, um escritor, pois além de ter imaginação e originalidade, o seu texto é vertido em linguagem correta, clara e elegante, sem rebuscamentos e torneios frasais artificiosos e forçados.

2 comentários:

  1. Olá,boa noite Dr. Elmar,finalmente tenho tempo para dar uma passeada por aqui...Uffa!!! vida de mãe!!..o senhor deve saber como é...
    Achei seu diário virtual um "espaço" muito charmoso,tranquilo e claro,o que eu particulamente adoro em tudo à minha volta,daí achar que me tornarei ,certamente, sua leitora. Sucesso sempre! Carmary Leite

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  2. Obrigado e volte a passear neste sítio virtual.

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