sábado, 5 de fevereiro de 2011

VICENTINHO

Vicentinho, vestindo a camisa do Caiçara

CARLOS SAID

O insigne historiador, poeta e escritor Elmar Carvalho (José Elmar de Mélo Carvalho: Campo Maior, Piauí, 1956), tornar-se-á, a partir d' agora, cronista esportivo aureolado pelos contornos da intelectualidade brasileira. Pertence às Academias Piauiense de Letras e do Vale do Longá. Escolheu um tema interessante: Vicentinho, a fim de alardear compromisso com o jornalismo atrelado ao futebol. Evidentemente, da poesia para a prosa, Elmar Carvalho obteve credenciais para escrever crônicas que atingissem o cerne dos vivos personagens e relembrassem “in memoriam”, os feitos altamente espetaculares de jogadores do seu tempo de “peladeiro” e do período mais perto do nosso momento, no qual viveu aplaudindo craques da terra natal e d' outras plagas nacionais.


Assim, descortinamos a veia literária de Elmar Carvalho pousando fácil como cronista esportivo. Seu personagem: Vicentinho (Vicente Chagas do Nascimento, nascido em Fortaleza, Ceará, 1944, residente em Campo Maior, Piauí, aposentado com um salário mínimo), é um tributo ao ídolo consagrado em duas das mais importantes cidades da nossa “hinterlândia”: Campo Maior e Floriano.


Em 2003, quando escreveu “O Pé e a Bola”, homenagem aos famosos jogadores que defenderam os dois principais clubes campomaiorenses: Caiçara e Comercial, Elmar Carvalho buscou a música “Balada número 7”, dedicada ao imortal Garrincha (Manoel Francisco dos Santos: Pau-Grande, distrito de Magé, Rio de Janeiro, 1933 – Rio de Janeiro, 1983), o conhecido anjo de pernas tortas do futebol brasileiro e mundial. Por ilação, a fim de julgar a técnica do Vicentinho, colocou a composição musical dedicada a Garrincha, numa bem feita peça técnica numerada CD's-R, da Elgin, 52 x 700 MB, com duração de 80 minutos. Intuito mesmo de mais ainda reviver episódios através dos dribles desconcertantes do Garrincha, mas sem esquecer as virtudes futebolísticas do Vicentinho como atleta merecedor do destaque regional. Recursos foram empregados capazes de comover desportistas de coturno difícil (aqueles que não desejam comparar habilidades entre o “Mané” e o Vicentinho). Afinal, o novel cronista nos leva à certeza de que o belo e insinuante futebol praticado por Vicentinho em “canchas” campomaiorenses, tenha idolatração na hospitaleira Floriano. Em dois anos: 1966-1967, o Ferroviário da “Princesa do Sul” apresentou ao público o famoso Vicentinho, cantado e decantado nos livros de Janclerques Marinho de Melo: “Crônicas Flutuantes (Lendas e Ruas)”. Na estampa da página 54, Janclerques escreveu: “Em todos os jogos do “Ferrim”, os jogadores Lino, Sadica e Vicentinho, davam “show” de bola. Mas o maestro da equipe era mesmo o Vicentinho”.


Chegamos à conclusão dos esclarecimentos que dizem respeito à personalidade do Vicentinho. Buscamos, agora, as anotações do psiquiatra-neurologista Sigmund Freud, o Pai da Psicanálise (Freiberg, na Morávia, 1856 – Londres, Inglaterra, 1939): “A felicidade é um problema individual. Cada um deve procurar por si, a maneira pela qual pode se tornar feliz”. Consequentemente, as anotações de Freud representam a felicidade encontrada pelo Elmar Carvalho em reverenciar ainda em vida o Vicente Chagas do Nascimento (o formidável Vicentinho).

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