segunda-feira, 19 de março de 2012

A última profecia


José Maria Vasconcelos
josemaria001@hotmail.com

De duas décadas para cá, o tema espiritualidade vem despertando tanto interesse no mundo, que se via só na Idade Média, tempo de comuns histerias religiosas e coletivas. Hoje, o gênero gospel de música, livros e cinema vende e supera obras clássicas. Seitas e templos se multiplicam como armazéns. Padrões de comportamento e culturas viraram estilos de época, como o Romantismo, Realismo e outros. O ideário modernista, que vingou durante todo o século 20, desfaz-se; já navegamos nas águas do Espiritualismo. Talvez, em algumas décadas, atinjamos o radicalismo religioso medieval, a que já assistimos em movimentos orientais.
A crônica "Será o Fim do Mundo?", que discorria sobre a destruição de Jerusalém e destino do povo judeu, que Jesus previra quarenta anos antes, mereceu diversos comentários e curiosidade de leitores. Deixei para depois a última parte da profecia, que se refere ao final dos tempos e à segunda vinda do Messias,(teólogos cognominam "Parusia"), para outra oportunidade. Alguns leitores, como Professor Jairo, ex-membro do Conselho Estadual de Educação, e Júlia Cartaxo, de Petrolina, solicitaram, curiosos, que abordasse, quanto antes, a segunda e última parte da profecia de Cristo.
"Passará o céu e a Terra, mas as minhas palavras não passarão." E o que não passarão? Segundo relato do evangelista Mateus, capítulo 24, Jesus Cristo aponta uma série de contratempos, antes da fase da Grande Tribulação: surgirão falsos profetas (Apostasia), capazes de seduzir a muitos com milagres estupendos; desagregação da família: filhos contra pais, pais contra filhos; "o esfriamento do amor"; aumento crescente da iniquidade; "grandes desgraças"; pregação do evangelho no mundo inteiro; convulsão social e desgoverno. Em seguida, a fúria da natureza e a Grande Tribulação, o transtorno planetário, escurecimento do Sol (talvez provocado pela queda de asteroides). E, para concluir, "aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem(a Cruz?), anjos, e o próprio Jesus Cristo aparecerão "com grande poder e majestade." Conforme relato do apóstolo Paulo, mortos ressuscitarão e os vivos (os eleitos de Deus), serão arrebatados. Haverá, outrossim, o Juízo Final, presenciado por Jesus, quando o Reino de Deus será estabelecido com a destruição do domínio do mal.
Certos teólogos, especialmente católicos, veem, nos fenômenos escatológicos, a figura de Cristo ressurreto e vitorioso, depois da tribulação e morte na cruz.
Aceitar tantos fenômenos naturais e trancendentais, só através da fé em Jesus Cristo, que adverte: "Como no tempo de Noé, quando precedeu o dilúvio, homens comiam e se divertiam ...Só acreditaram quando Noé entrou na arca, e o dilúvio levou a todos."
São fartas as referências bíblicas sobre a agonia do planeta e da humanidade, e os cientistas viraram noés da modernidade. Além das informações dos evangelistas, encontram-se passagens no profeta Daniel(cap.9); Apocalipse(6,12, 19); 1 carta aos coríntios(3) e 2 carta(15); profeta Exequiel (20); carta 1 aos Tessalonicenses (4); evangelho de João(5,vers.28). E tantas outras referências.
Cuidado com os profetas e visionários de araque, testemunhando aparições de Maria anunciando o fim. Jesus consola: "Nem os anjos do céu sabem a data."
Portanto, Professor Jairo e D. Júlia, bom mesmo é praticarmos caminhadas por estradas virtuosas, suar na academia da espiritualidade e dedicar mais horas à missão nobre sobre a terra, no conforto da promessa de Cristo, no final da nossa peregrinação: "Alegrai-vos, pois chegou a hora da vossa libertação!"

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