LÍRIO
BRANCO
Lucídio
Freitas (1894 - 1921)
Branca
flor, alva flor, flor de neve e de arminho,
De
pistilos, de nervo e de alma veludosa,
Flor
de aroma sutil, de essência capitosa,
Que
tenta como o amor e embriaga como o vinho...
Lírios...
neves em flor, ensombrando o caminho
Da
vida – estrada real, escampa e misteriosa,
– Flor
de aroma sutil, de essência capitosa,
Que
tenta como o amor e embriaga como o vinho.
Para
suprema dor desta alma dolorida,
Sempre
afeita ao pesar, à desgraça, ao martírio,
– Ave
implume chorando as saudades de um ninho;
Existe
uma outra flor anêmica e sem vida,
– Flor
humana que tem a aparência do lírio,
Branca
flor, alva flor, flor de neve e de arminho.
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