sábado, 5 de janeiro de 2013

Bombas saborosas, mas explosivas, sobre a mesa



José Maria Vasconcelos
Cronista, josemaria001@hotmail.com


Curioso, segurei a garrafa de refrigerante, e, pacientemente, li as informações nutricionais. (Ou teores mortais?) Poucos consumidores se dão conta de ler a tabela nutricional. Pior, descobrir a engabelação: as indústrias só registram resultados de um só copo ou colher, e não da totalidade contida na garrafa, um recurso bastante utilizado nos rótulos de outros produtos alimentícios. A indústria criou a tabela do conta-gotas nutricional a fim de mascarar o perigo à saúde e conquistar o consumidor com informações mínimas em letras ínfimas e miserável quantidade de produto.

A garrafa de refrigerante registrava:"Porção de 200 ml(1 copo) contém 24 g de açúcares, 14 mg de sódio..." Detive-me apenas nos açúcares e sódio, a dupla mais explosiva à saúde humana.

Pouco menos da metade de um copo de refrigerante é de puro açúcar e sal, estimulantes essenciais das glândulas salivares. Explica-se por que tanta gente se vicia no consumo de refrigerantes. Um copo não satisfaz. A tentação avança em outros copos ou toda a garrafa. Quase 100 calorias contém um copo. As glândulas salivares, excitadas, querem mais. A gororoba doce-salgada chega a quantidades diabéticas. Não adianta descer a escala a zero do milagroso efeito diet ou light. São mais danosos do que se pensa.

A nutricionista Michelle Schoffre relacionou os 10 piores alimentos, considerados bombas-relógio contra a saúde: DÉCIMO lugar: Sorvetes, por apresentarem altos teores de açúcar e gorduras trans, além dos corantes e saborizantes, que podem causar danos ao cérebro e sistema nervoso. NONO lugar: Salgadinhos de milho, pela quantidade de sal, gorduras reaproveitadas, que provocam processos inflamatórios, câncer no cólon, irritabilidade e estresse ao fígado. O aviso serve para demais frituras. OITAVO lugar: Pizza, a maioria acondicionada e congelada em supermercados, constituída de massa fina e branca, que se transforma em açúcar na digestão. Acompanha outra bomba, o refrigerante. O aumento de peso é imediato. Nem adiantam caminhadas na Raul Lopes ou exercícios forçados nas academias para queimar calorias, se se voltar, logo mais, a extravagâncias alimentares. SÉTIMO lugar: Batata frita, potente e cancerígena quando aquecida em altíssimas temperaturas, produzindo acrilamidas. Mais os teores de gorduras saturadas e sal exagerado, de poder avassalador no organismo. SEXTO: Pastéis e batatas fritas, que não trazem nenhum benefício nutricional, mas ressaca ao fígado. Estudantes, os maiores consumidores, sentem o peso e falta de apetite, dia seguinte, zonzeira na cabeça. QUINTO lugar: Bacon, risco de doenças cardíacas e diabetes, além de afetar as funções respiratórias, segundo estudos da Universidade de Colúmbia. QUARTO lugar: Cachorro-quente. Além do nitrito de sódio, contém outras misturas cancerígenas e mortais ao fígado, pâncreas e coração. TERCEIRO lugar: Donuts(rosquinhas), danosas como as anteriores. SEGUNDO lugar: Refrigerantes. Uma latinha contém 10 colheres de açúcar, sódio excessivo, corantes e sulfitos. Além dos ácidos, que exigem dez copos com água para limpar os rins, intestinos e sangue. PRIMEIRÍSSIMO lugar: Refrigerantes diet e light. Para a nutricionista, os piores de todos os tempos, já associados a síndromes de alzheimer, fadiga crônica, hipotireoidismo e esclerose múltipla. Todas essas reações não aparecem da noite para o dia. Matam lentamente, como bomba-relógio programada. Faz bem fechar a boca, botar nos freios as glândulas salivares, controlar a gula. Metade do mundo sofre de fome; a outra padece de obesidade.

Tomar refrigerante, eu, hein? No máximo, um copinho. Minhas glândulas salivares seduziram-se com as frutas e vegetais do jardim do Criador, sem adoçantes, conservantes, corantes e ácidos. Acostumei à salada com azeite de oliva, gotas de catchup e shoyu. Sem mentiras e fantasias de néctar embutidas em garrafas e caixas. Que tal o debate em família e salas de aula?

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