José
Maria Vasconcelos
Cronista,
josemaria001@hotmail.com
Curioso,
segurei a garrafa de refrigerante, e, pacientemente, li as
informações nutricionais. (Ou teores mortais?) Poucos consumidores
se dão conta de ler a tabela nutricional. Pior, descobrir a
engabelação: as indústrias só registram resultados de um só copo
ou colher, e não da totalidade contida na garrafa, um recurso
bastante utilizado nos rótulos de outros produtos alimentícios. A
indústria criou a tabela do conta-gotas nutricional a fim de
mascarar o perigo à saúde e conquistar o consumidor com informações
mínimas em letras ínfimas e miserável quantidade de produto.
A
garrafa de refrigerante registrava:"Porção de 200 ml(1 copo)
contém 24 g de açúcares, 14 mg de sódio..." Detive-me apenas
nos açúcares e sódio, a dupla mais explosiva à saúde humana.
Pouco
menos da metade de um copo de refrigerante é de puro açúcar e sal,
estimulantes essenciais das glândulas salivares. Explica-se por que
tanta gente se vicia no consumo de refrigerantes. Um copo não
satisfaz. A tentação avança em outros copos ou toda a garrafa.
Quase 100 calorias contém um copo. As glândulas salivares,
excitadas, querem mais. A gororoba doce-salgada chega a quantidades
diabéticas. Não adianta descer a escala a zero do milagroso efeito
diet ou light. São mais danosos do que se pensa.
A
nutricionista Michelle Schoffre relacionou os 10 piores alimentos,
considerados bombas-relógio contra a saúde: DÉCIMO lugar:
Sorvetes, por apresentarem altos teores de açúcar e gorduras trans,
além dos corantes e saborizantes, que podem causar danos ao cérebro
e sistema nervoso. NONO lugar: Salgadinhos de milho, pela quantidade
de sal, gorduras reaproveitadas, que provocam processos
inflamatórios, câncer no cólon, irritabilidade e estresse ao
fígado. O aviso serve para demais frituras. OITAVO lugar: Pizza, a
maioria acondicionada e congelada em supermercados, constituída de
massa fina e branca, que se transforma em açúcar na digestão.
Acompanha outra bomba, o refrigerante. O aumento de peso é imediato.
Nem adiantam caminhadas na Raul Lopes ou exercícios forçados nas
academias para queimar calorias, se se voltar, logo mais, a
extravagâncias alimentares. SÉTIMO lugar: Batata frita, potente e
cancerígena quando aquecida em altíssimas temperaturas, produzindo
acrilamidas. Mais os teores de gorduras saturadas e sal exagerado, de
poder avassalador no organismo. SEXTO: Pastéis e batatas fritas, que
não trazem nenhum benefício nutricional, mas ressaca ao fígado.
Estudantes, os maiores consumidores, sentem o peso e falta de
apetite, dia seguinte, zonzeira na cabeça. QUINTO lugar: Bacon,
risco de doenças cardíacas e diabetes, além de afetar as funções
respiratórias, segundo estudos da Universidade de Colúmbia. QUARTO
lugar: Cachorro-quente. Além do nitrito de sódio, contém outras
misturas cancerígenas e mortais ao fígado, pâncreas e coração.
TERCEIRO lugar: Donuts(rosquinhas), danosas como as anteriores.
SEGUNDO lugar: Refrigerantes. Uma latinha contém 10 colheres de
açúcar, sódio excessivo, corantes e sulfitos. Além dos ácidos,
que exigem dez copos com água para limpar os rins, intestinos e
sangue. PRIMEIRÍSSIMO lugar: Refrigerantes diet e light. Para a
nutricionista, os piores de todos os tempos, já associados a
síndromes de alzheimer, fadiga crônica, hipotireoidismo e esclerose
múltipla. Todas essas reações não aparecem da noite para o dia.
Matam lentamente, como bomba-relógio programada. Faz bem fechar a
boca, botar nos freios as glândulas salivares, controlar a gula.
Metade do mundo sofre de fome; a outra padece de obesidade.
Tomar
refrigerante, eu, hein? No máximo, um copinho. Minhas glândulas
salivares seduziram-se com as frutas e vegetais do jardim do Criador,
sem adoçantes, conservantes, corantes e ácidos. Acostumei à salada
com azeite de oliva, gotas de catchup e shoyu. Sem mentiras e
fantasias de néctar embutidas em garrafas e caixas. Que tal o debate
em família e salas de aula?
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