Rosália, Miguel e Fátima, na comemoração dos 55 anos de vida de Elmar |
2
de maio Diário Incontínuo
RETRATO
DE MINHA MÃE
Elmar Carvalho
Fernando
Pessoa, em versos, disse que após sua morte, se quisessem escrever
sua biografia, não haveria nada mais simples, porquanto tinha apenas
duas datas: a de sua nascença e a de sua morte. Minha mãe nasceu no
dia 20/11/1933 e faleceu na sexta-feira passada, 26/04/2013. Era de
poucas letras, embora tivesse enorme sabedoria de vida, e tinha o que
hoje chamam de inteligência emocional. Com efeito, em sua modéstia
e simplicidade, era uma mulher muito inteligente e perspicaz. Se eu
quisesse resumir este perfil, que tento fazer de minha mãe, diria
que o texto insuperável de Don Ramon Angel Jara, bispo de La Serena
– Chile, a ela se aplica com exatidão, como se aplica a todas as
verdadeiras mães.
Não
exerceu cargos e nem funções públicas. E nunca os almejou. Cristo
disse que quem desejasse ser o maior, deveria ser o que mais
servisse. Portanto, deveria ser o maior e o melhor dos servos. Mamãe
(quase) renunciou a si mesma, para servir aos outros. Sua missão, à
qual se dedicou de forma obstinada e contínua, sem tréguas, sem
férias, sem feriado, sem queixas e sem lamentações ou mágoas, foi
cuidar do seu marido e dos seus oito filhos. E como soube cuidar...
Nisso foi inexcedível.
Desde
o amanhecer até o momento em que ia dormir, não sabia ficar quieta.
Sempre tinha algo a fazer. Nisso se incluíam todos os misteres
domésticos. Cuidava do marido e dos filhos; limpava a casa; lavava
as roupas e as louças; fazia as refeições e chegou ao ponto,
durante vários anos, de confeccionar as roupas dos filhos, mormente
numa época em que não era costume comprar-se roupas feitas.
Nossas
roupas eram bem feitas, tanto no corte, como na costura, e bem se
ajustavam ao nosso porte. Em determinada época, apenas por
passatempo, no período em que morava em Parnaíba, passou a
confeccionar animais e bonecas de pano ou plástico, para presentear
os filhos e alguns amigos, e também ornar sua casa. Eram trabalhos
feitos com esmero, com observância de detalhes, enfeites e adereços,
que lhe revelaram a sua faceta artística, a que não deu
continuidade, porquanto sua vocação ou devoção era, efetivamente,
ser esposa, mãe e exímia dona de casa.
Mesmo
quando passou a ter colaboradora, jamais deixou de exercitar esses
trabalhos. Nunca lhe ouvimos lamúrias por causa de sua dura labuta
doméstica. Sentia-se realizada em ser dona de casa e mãe de
família. Parecia encarar esse labor extenuante e repetitivo como uma
missão sagrada, que lhe dava íntima satisfação e à qual não
desejava e nem poderia fugir, ainda que apenas aos domingos.
Das
várias mensagens que os netos divulgaram através da internet
(facebook) e que publiquei em meu blog, pinço trecho de duas. Este,
de meu filho João Miguel, cadete da Polícia Militar do Amazonas, e
que, por isso mesmo, não pôde comparecer ao enterro de sua avó:
“Hoje o céu está mais alegre. Os anjos cantam. Chega mais uma
estrela para brilhar no paraíso. Passa agora um filme na minha
cabeça dos momentos que passamos juntos, da alegria que cativava
todos, da cumplicidade com a família, da sinceridade que
transparecia em seu rosto”. E este outro, escrito por Raquel
Guedelha: “Certa vez, vovó comentou com meu irmão, que a imagem
da felicidade dela era olhar para o passado e lembrar a época em que
o meu avô chegava do trabalho em Campo Maior, e todos os filhos
dela, que brincavam na frente da casa, saíam correndo ao encontro do
pai para trazê-lo para casa”.
Tinha
mamãe o espírito forte e uma grande energia vital. Mantinha sempre
o ânimo alegre, sem mágoa, sem ira e sem temores. Não tinha inveja
de nada e nunca se maldizia. Não gostava de fuxicos, futricas e
fofocas, e, portanto, não se comprazia em falar da vida alheia.
Embora não fosse de visitar amiúde as casas alheias, mesmo porque
não tinha tempo para isso, tinha a amizade e a estima dos vizinhos,
aos quais tinha o mesmo apreço, amizade e consideração. Creio que
a sua força e vitalidade provinham de uma Fé singela, mas
inabalável em Deus, que ela não alardeava, pois a conservava em seu
íntimo, em recanto secreto.
Essa
Fé a fez ser sempre uma mulher forte, decidida, embora de trato
suave, e mesmo delicado. Cultivava discreta alegria, sem ostentação
e espalhafato. Ao trabalhar, em sua faina diária e contínua,
cantarolava algumas músicas de sua predileção. Não obstante essa
sua postura, soube disciplinar os filhos, com a palavra, com o
castigo e com os corretivos, para que fôssemos pessoas do bem e
buscássemos a virtude. Nessa seara tivemos, também, o seu exemplo e
o de nosso pai, que lhe sobrevive. Contudo, não fomos criados
presos, amarrados à barra de seu vestido. Fomos livres e brincamos a
valer.
Conquanto
tivesse mamãe uma personalidade forte, e tenha enfrentado com
galhardia as dificuldades e vicissitudes da vida, que se abatem sobre
todas as famílias, sejam percalços financeiros ou doenças, sem
nunca esmorecer ou perder a Esperança e a Fé, entretanto, quando a
tragédia, pela primeira e única vez, atingiu a nossa família, eu
pude imaginar o quanto ela nos amava. Foi quando minha irmã Josélia,
aos quinze anos de idade, no auge de sua beleza, carisma e simpatia
contagiante, linda e odorífera flor que mal desabrochara, foi
colhida brutal e inesperadamente pela morte, vítima de acidente
automobilístico.
Minha
mãe passou vários dias imersa em imensa tristeza, prostrada em sua
alcova, a derramar profusas e sentidas lágrimas; chorou sua filha,
como Raquel chorou seus filhos, “sem aceitar consolação por eles,
porque já não existem”. A duras penas, sabe Deus com que esforço,
conseguiu sair de sua profunda prostração, para cuidar do seu
marido e de seus filhos, que dela ainda muito precisavam. Aos poucos,
retomou a sua rotina e voltou a tomar posse de si mesma, do modo como
sempre fora.
Tinha
senso de humor, embora o usasse de forma moderada, e jamais para
diminuir ou ridicularizar quem quer que fosse. Certa feita, o meu
saudoso cunhado Zé Henrique disse que, quando morresse, gostaria de
ser um urubu. Um pouco por influência minha, creio, ele passara a
admirar essas negras aves, a sua saúde, a sua missão de limpar o
mundo, a sua magnífica coreografia aérea, e até mesmo o seu
gingado caminhar de malandro carioca. Minha mãe, sorridente,
retrucou-lhe que preferia ser um bem-te-vi, pela sua beleza e
alegria. Na tarde de sua morte, ouvi o canto alegre desse passarinho,
que já não ouvia há algum tempo, e tive o lampejo de que seu
espírito partia para o infinito.
Décadas
atrás, minha mãe ganhou um casal de papagaios. Criou-os com muito
zelo, carinho e estima. Não lhes ensinou palavrões e nem cantigas
indecorosas, como as que hoje nos agridem os tímpanos e a alma em
quase todo lugar. Ensinou-lhes belas e alegres canções, inclusive
religiosas, conquanto não fosse carola, avessa que era a hipocrisias
e falsidades farisaicas.
Graças
à sua obstinada determinação nesse mister, o Louro e a Rosa
aprenderam um vasto repertório de palavras, frases e cantigas. Era
muito engraçado ouvir-se a algazarra festiva dos papagaios, quando
eles estavam de bom-humor, pois essas aves, como os humanos, cuja voz
eles imitam, parecem ter os seus caprichos, em que alternam momentos
de alegre expansão com momentos de sisuda introspecção, ou mesmo
de certa melancolia.
Deus
concedeu a minha mãe que ela nos preparasse para a sua morte. Ela
sempre disse não ter medo de morrer. Quando teve de encarar duas ou
três cirurgias, resolveu enfrentá-las de imediato, sem desânimo e
sem receio. Os sentimentos negativos, que deve ter tido, em sua
condição de humana, guardou-os para si; parecia não desejar
contaminar os outros com queixas, medos, mágoas ou desesperanças.
Em virtude de sua hepatopatia, há um ano atrás, começou a definhar
e a apresentar alguns problemas de saúde, ela que sempre fora tão
saudável e incansável.
Esses
problemas começaram a amiudar, e culminaram com a necessidade de ser
internada em hospital de Teresina. Poucos dias depois, com a
alteração de suas taxas, como a de potássio, que se elevou muito,
e a de sódio, que caiu demasiadamente, seu coração, que era forte
e vigoroso, sofreu uma fibrilação atrial, tendo ela que ir para a
Unidade de Tratamento Intensivo.
Disso
lhe adveio outras complicações, como uma embolia, numa das pernas,
tendo ela que ser submetida a pequena cirurgia para retirada do
coágulo sanguíneo. Finalmente, ocorreu o seu falecimento, aos 79
anos de idade, na tarde do dia 26, às 15:45 horas. Esse lento e
gradativo declínio de sua saúde, contribuiu para que meu pai,
minhas duas irmãs, meus quatro irmãos e eu suportássemos a sua
morte sem desespero, e com resignação. Os choros foram contidos,
silenciosos, ou apenas internamente, sem convulsivos soluços e
clamores.
Minha
mãe, como já falei, dizia não temer a morte. Dizia isso de forma
humilde, sem empáfia e sem ostentação; apenas como quem, de há
muito, entendeu-a como parte integrante da vida, ou mesmo como um
portal para a continuação da existência, em novo estágio ou nova
dimensão do espaço-tempo. Por essa razão, numa das vezes em que a
visitei na UTI, disse-lhe para ser forte, rezar e confiar em Deus.
Ela, com um fio de voz, dada a sua fraqueza física, porém com
firmeza e serenidade, reafirmou-me não temer a morte.
O
meu irmão César Carvalho (Neném), quando contei esse diálogo,
disse-me, aludindo à circunstância de ser eu poeta:
– Você
é doido mesmo... Todo poeta é um pouco doido. Você foi puxar um
assunto desse!?
Sou,
talvez, mas quem não é? Dizem que todo mundo tem um pouco de poeta
e de louco. Além do mais, quiçá tenha contribuído para reavivar a
sua coragem e Fé.
Quando
se aproximava a sua viagem a Teresina, para consulta e tratamento, se
fosse o caso, minha mãe deu alguns de seus vasos de plantas a uma
vizinha, Lindalva, esposa do comerciante Zé Francisco, amigo nosso.
Ambos são pessoas boníssimas, e Deus os está abençoando em seus
filhos, que estão a concluir os cursos de Radiologia e de Medicina.
Recomendou, ainda, que os seus queridos papagaios fossem entregues a
um dos filhos. Provavelmente, antevia que meu pai fosse sofrer muito
com a visão e as cantigas deles, a lhe provocar lancinantes
evocações e saudade, o que já está acontecendo.
Tempos
atrás, ela firmou contrato com a funerária Pax União, naturalmente
antevendo que o termo de seus dias já se aproximava. Também
preveniu a familiares que desejava ser sepultada em Campo Maior, no
cemitério do bairro Cidade Nova, ao lado do sepulcro de seu irmão
Antônio Horácio de Melo, que fica perto do túmulo de sua irmã
Maria dos Remédios e de seu cunhado Zeca Quaresma. Ela,
pessoalmente, foi escolher o local, e pediu a sua reserva e marcação.
Disso podemos inferir que ela tinha a premonição de que sua hora
final já se avizinhava.
Josélia,
filha de minha irmã Maria José (Mazé), contou que, na tarde em que
minha mãe partiu para a eternidade, sonhara que ela retornava a sua
casa em Campo Maior, entrando pelo quintal, cheio das árvores que
ela plantou e dos arbustos ornamentais e flores que ela cultivava.
Minha sobrinha, admirada de ela haver saído do hospital, lhe
perguntou:
– Vovó,
a senhora está bem?
Minha
mãe, então, lhe respondeu:
–
Agora, estou.
Quando
Josélia acordou desse sono/sonho ouviu o telefone tocar. Era o meu
irmão César Carvalho que ligara para lhe dar a notícia de que
mamãe acabara de falecer. Certamente está bem, no lugar de
beatitude que o Pai lhe deve ter destinado.
Na
manhã do dia em que mamãe morreu, os papagaios começaram a cantar
uma das cantigas que ela lhes ensinou. Como uma espécie de
premonição, o Louro e a Rosa cantaram o seguinte trecho de hino
religioso: “Mãezinha do céu, eu não sei rezar / Eu só sei dizer
quero te amar”. O Solimar, um de nossos vizinhos, acrescentou que,
após o cântico católico, uma das aves teria pedido: “Vovô
Miguel, traz o café”, tendo a outra acrescentado que o queria com
leite. Que avezinha mais exigente!...
Pouco
antes da chegada do corpo de mamãe, fato ocorrido à noite, os
papagaios novamente cantaram o refrão acima transcrito, e também o
seguinte trecho de melancólica marchinha carnavalesca: “Oh!
jardineira por que estás tão triste / Mas o que foi que te
aconteceu? / Foi a camélia que caiu do galho / Deu dois suspiros e
depois morreu”. Há quinze dias que meus pais já se encontravam
ausentes, ficando eles aos cuidados da Alba, que também os ouviu
cantar os versos iniciais do hino religioso. Os animais, que muitos
dizem não ter raciocínio, parecem ter os seus mistérios e
segredos.
Somos
agradecidos a todos os parentes e amigos que nos deram a sua
solidariedade, pessoalmente, por telefone ou pela internet, tanto nas
visitas ao hospital, como no comparecimento ao velório e ao
sepultamento. Na longa noite em que mamãe foi velada, muitos ficaram
até o raiar do dia, rezando e nos reconfortando com sua presença.
No quintal da casa, os xarás Zé Francisco, o professor e o nosso
vizinho, ficaram a noite toda conversando comigo, por mais que eu
lhes tenha dito que deveriam ir repousar, pois ambos têm as suas
ocupações profissionais.
Muitos
choraram copiosamente, embora de forma sóbria. Outros contiveram as
lágrimas. Meu pai, minhas irmãs e alguns irmãos derramaram seus
prantos, em alguns momentos, mas sem lamentações e sem desespero,
porque sabiam que a vida de minha mãe continua em alguma das casas
do Senhor da Eternidade – “na casa de meu Pai há muitas moradas.
Se assim não fora, eu vo-lo teria dito”, garantiu-nos o Cristo
(João, 14.2). Ao tombar do dia, mas ainda com sol, entregamos o
corpo de mamãe aos cuidados da mãe terra. Sua alma, esta se
encontra numa das moradas celestiais, ou “na mão de Deus, na sua
mão direita”, como nos versos sublimes de Antero de Quental.
Encerrando
redação sobre as mães, que valeria como prova da disciplina
Educação Moral e Cívica, no antigo Ginásio Estadual, da qual era
professor o impoluto juiz de Direito Dr. Hilson Bona, em que obtive
nota máxima, disse, em pleno adolescer: “E agora direi, como disse
Paulo Setúbal: 'Minha mãe, Deus lhe pague!'” Repito, agora,
finalizando este singelo retrato, em plena maturidade: Minha mãe,
Deus lhe pague.
Padrinho Elmar tu retratou tão bem a mamãe aqui nesse texto que quem a conheceu pôde lembrar-se exatamente como ela era, e quem não a conheceu, com certeza passou a conhecer-la através dessas tuas palavras aqui. Repito o que tu falou: Minha mãe Deus lhe pague.
ResponderExcluirNão é o que se pode chamar de uma história original
ResponderExcluirMas não importa: é a vida real!
Acordar de madrugada vindo de outro planeta
Sentir-se só;
Uma criança num berço de ouro
E a ferrugem ao seu redor
Os muros da cidade falavam alto demais
Coisas que ela não podia mudar nem suportar
Ela quis voltar para casa
Cansou da violência que ninguém mais via
Viu milhões de fotografias e achou todas iguais
Conta pra mim o que te fez chorar
Nunca mais quero te ver chorar!
Conta pra mim o que te fez chorar
Nunca mais quero te ver chorar!
Nunca mais!!!
Ofereci abrigo, um lugar para ficar
Ela me olhou como se soubesse desde o início
Que eu também não era dali
E quando sorriu ficou ainda mais bonita
Tinha a força de quem sabe que a hora certa vai chegar
Lágrimas no sorriso, mãe e filha, chuva e sol
Segredos que não podia guardar, e não conseguia contar
Conta pra mim o que te fez chorar
Nunca mais quero te ver chorar!
Conta pra mim o que te fez chorar
Nunca mais quero te ver chorar!
Nunca mais!!!
Ainda ando pelas mesmas ruas
A cidade cresce e tudo fica cada vez menor
Agora eu sei que a vida não é um jogo de palavras cruzadas
Onde tudo se encaixa
O que será que ela quis dizer?
5 letras, começando com a letra 'A'!
Humberto Gessinger - Letriste e músico dos Engenheiros do Hawaii
João Miguel
Postei porque além de ser uma canção bonita e querer encaixar as músicas dos Engenheiros do Hawaii(minha banda preferida) em quase tudo na minha vida, alguns trechos da música podem ser observadas na vida real, nesse momento delicado que passa a família Melo Carvalho.
ResponderExcluirComo a própria canção começa:
" Não é o que se pode chamar de uma história original
Mas não importa: é a vida real! "
JOÃO MIGUEL
Mais uma vez, grato pelos livros e pela conversa a três em
ResponderExcluirsua casa. Li e reli os livros, mas o Retrato de Minha Mãe marcou.
Confesso, do âmago, senti cada palavra. Eu poderia dizer que o texto é
comovente e minucioso: uma radiografia; comovente não no sentido
sentimentalóide, mas no sentido visceral, humano - um retrato
desnudado. A cada parágrafo uma descoberta. A cada parágrafo um nó na
garganta. É impossível não pensar na mamãe-da-gente, até porque mãe é
universal. A cada página um aviso de "continua!" é inevitável, mesmo
num momento de tensão. A naturalidade como as imagens nos chegam é
impressionante; o melhor: o lirismo parece envolver feito lençol
aconchegante escritor/obra/leitor.
Elmar, belo texto. Ainda mais pela carga emocional-racional que nos
transmite. Um grande abraço, poeta!
Cleyson Gomes
Caro Cleyson Gomes, poeta e conterrâneo,
ResponderExcluirpor suas palavras amigas e permeadas da mais profunda compreensão humana.
Abraço,
Elmar Carvalho