sexta-feira, 3 de maio de 2013

SOCIOLOGIA (SENTIMENTAL) DA BANCA DO LOURO



SOCIOLOGIA (SENTIMENTAL) DA BANCA DO LOURO

Pádua Ramos

Quando o véu do lusco-fusco cobre de cinza a Parnaíba
Quando a Praça da Graça se esvazia na sua crepuscular soledade
Quando, buscando o oceano, muito além, distante
O Igaraçu enlaça amoroso a Cidade
Cantando-lhe, de ninar, doce cantiga
Eis que a Banca do Louro se ilumina, na quietude daquele silencioso instante

Não é assim nas manhãs febris
Não é assim nas tardes ensolaradas

A Banca do Louro traz o mundo
Para dentro de nosso pequeno mundo:
O sol nas bancas de revista
...
Se reparte em crimes
Espaçonaves guerrilhas
Em Cardinales bonitas”

Na Banca do Louro...

Ali se debatem divergências
Ali se conjugam convergências
Reflete-se ali, da Parnaíba, a alegria e a dor
A Banca do Louro resume a Cidade
No crepúsculo e no esplendor
No que tem assim de desamor
Como de alegria e caridade

A Banca do Louro resume a Cidade
No crepúsculo e no esplendor

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