O
poeta Elmar Carvalho receberá no próximo dia 6, sexta-feira, às 19
horas, no plenário da Câmara Municipal de Amarante, o Título de
Cidadão Amarantino. A honraria foi proposta pelo vereador Inácio
Pinto de Moura, e teve a anuência de seus pares e do prefeito Luís
Neto Alves de Sousa.
Ao
longo de várias décadas, Elmar Carvalho participou de vários
eventos culturais em Amarante, escreveu um poema de igual título e
várias crônicas em que tratou da cultura e da história
amarantinas. Ao lado de vários intelectuais, combateu a construção
da barragem de Castelhano, que além de prejudicar o rio Parnaíba
poderia causar danos ao patrimônio arquitetônico da bela e bucólica
cidade ribeirinha.
Quando
presidiu a União Brasileira de Escritores do Piauí – UBE-PI, no
final da década de 1980, Elmar Carvalho lançou uma campanha para
que os restos mortais do poeta Da Costa e Silva fossem trasladados
para Amarante, tendo usado como principal argumento o pedido do
poeta, expresso no soneto em que disse: “Terra
para se amar com o grande amor que eu tenho!/ Terra onde tive o berço
e de onde espero ainda/ Sete palmos de gleba e os dois braços de um
lenho!” O poeta Virgílio Queiroz, recentemente, com o apoio de
Elmar e outras pessoas, retomou essa luta. O prefeito Luís Neto
prometeu construir o monumento do último desejo do poeta e um
memorial em honra de Da Costa e Silva.
Na
solenidade de outorga do título, será lançado o livro Amar
Amarante, da autoria de Elmar Carvalho, que reúne o poema Amarante e
vários textos em prosa, sobretudo crônicas, sobre a cultura, a
literatura, a história e a paisagem amarantinas. Será apresentado
pelo escritor Homero Castelo Branco, membro da Academia Piauiense de
Letras, que nasceu na “Cidade Azul de Da Costa e Silva” e é
autor do livro Ecos de Amarante.
A
obra foi prefaciada pelo amarantino Marcelino Leal Barroso de
Carvalho, que foi mestre do autor, no Curso de Direito da
Universidade Federal do Piauí, e traz depoimento do escritor,
jornalista e poeta Virgílio Queiroz. Ana Cândida Nunes Carvalho é
a autora das fotos da capa.
Elmar
Carvalho disse que o Título consolida uma situação fática, pois
ele já se considerava um cidadão amarantino, terra à qual se sente
ligado por laços culturais e sentimentais, e onde tem vários
amigos.
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