Contracapa do livro Confissões de um juiz |
18 de dezembro Diário Incontínuo
CONFISSÕES DE UM JUIZ E
OUTRAS (IN)CONFIDÊNCIAS
Elmar Carvalho
Recebi o seguinte
e-mail, enviado pelo professor José Maria Vasconcelos, professor de português e
de literatura, crítico literário e cronista de ótima cepa: “Nobre Elmar, uma
voltinha pela gráfica do Diário do Povo, deparo-me com o funcionário
empacotando seu novo livro, Confissões de um Juiz. Comecei a ler as primeiras
páginas, enquanto aguardava o Kenard Kruel, que me acompanhava a negócio. Pois
não é que, em poucos minutos, devorei mais de 20 páginas? Comoveu-me sua luta
contra o CA. Sua obra vai bombar, por emanar muita espiritualidade e generosidade,
acima do que se pensa tratar só da atividade jurídica. Bravo, nobre escriba.”
Não preciso dizer o
quanto fiquei honrado com o teor dessa mensagem internética, mormente por saber
que seu autor é um crítico literário isento, arguto e de longa experiência, e
ainda por dominar a teoria literária e ser um leitor percuciente e voraz. Qualquer
literato ficaria desvanecido em receber essas palavras de estímulo, sobretudo
porque José Maria Vasconcelos não é dado a fazer elogios gratuitos, dotado que
é de proverbial franqueza.
Em resposta,
encaminhei-lhe pelos mares internéticos este curto “bilhete”: “Fiquei contente
e comovido com suas palavras de incentivo. O livro está previsto para ser
lançado no final de fevereiro. O nobre mestre já está convidado. De qualquer
modo, após o lançamento, faço questão de lhe entregar um volume. Usarei o seu
e-mail como mote de uma crônica que escreverei hoje. Obrigado por suas boas
palavras.” A crônica é este registro diarístico, que ora escrevo.
Após ler o e-mail do
mestre José Maria, fui fazer minha caminhada na Raul Lopes, depois de uma
ausência de mais de uma semana, em virtude de doença e viagem a Parnaíba. Ao
retornar, recebi da Fátima uma agradável notícia, que me pareceu um coroamento
da mensagem virtual acima transcrita. Tratava-se de um telefonema de dona
Anatália Gonçalves de Sampaio Pereira.
É ela filha de Oeiras,
cidade a que sou ligado, como todos sabem, por laços poéticos, afetivos e
sentimentais. Neta do coronel Orlando Barbosa de Carvalho, um dos mais operosos
prefeitos da velhacap. Viúva do político e deputado federal Themístocles de
Sampaio Pereira. Mãe de Themístocles Filho, presidente da Assembleia Legislativa,
e de Marllos Sampaio, deputado federal.
Havia sido apresentado
a ela na quinta-feira passada, por ocasião do lançamento do livro Enlaces de
Família – uma genealogia em construção, da autoria de Valdemir Miranda de Castro.
Foram meus “apresentadores” o irmão maçônico Bernardo de Sampaio Pereira e Teresinha
Queiroz. O primeiro exagerou minhas eventuais qualidades, e a segunda teceu
considerações sobre o meu livro Noturno de Oeiras e outras evocações, e
principalmente sobre o poema que lhe forneceu a primeira parte do título.
Como dona Anatália tivesse
demonstrado interesse em conhecer o livro e o poema Noturno de Oeiras, prometi
que em breves dias lhe deixaria um exemplar no cartório do qual ela é titular.
Terminei entregando-o logo no dia seguinte. Na terça-feira ela ligou para
agradecer, e aproveitou para fazer acentuados elogios a essa modesta obra
literária, sobre os quais não pretendo entrar em minudências.
Disse ter se emocionado
com sua leitura, e que se sentiu transportada a sua velha Oeiras, terra cheia
de encantos, tradição e cultura. Falou que eu deveria gostar muito de sua
cidade, para ter escrito o que escrevi, tendo minha mulher confirmado essa
assertiva. Aduziu que releu vários textos. Esta última afirmativa, numa época
de poucos e apressadíssimos leitores, corresponde ao maior elogio que um
literato poderia receber nos eletrônicos e cibernéticos dias de hoje.
Ao ser informada pela
Fátima de que eu já editara uma nova obra – Confissões de um juiz – manifestou
interesse em ir ao seu lançamento. Portanto, já tenho duas pessoas interessadas
em adquirir meu livro: dona Anatália Gonçalves de Sampaio Pereira e o professor
José Maria Vasconcelos. E isso não é pouco, se considerarmos que Machado de
Assis, que era Machado de Assis, dizia ter talvez cinco leitores, quanto muito.
Opa eu tbm tenho interesse!!! rsrs
ResponderExcluirSe eu estivesse por aí, certamente iria ao lançamento desse livro, que com certeza será um livro muito interessante, o título já nos aguça a curiosidade !!!!